Milho

Para onde vão as cotações do milho? Veja análise de mercado

Exportações dos Estados Unidos e setor de etanol americano em recuperação não estão conseguindo fazer a Bolsa de Chicago se recuperar

Abertura Nacional da Colheita do Milho
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural

O milho fechou a sexta-feira, 17, com alta na Bolsa de Chicago, puxado pela  forte demanda chinesa pelo cereal dos Estados Unidos, segundo a consultoria Safras. Apesar disso, no acumulado da semana, o contrato setembro caiu 1,26%.

O analista Paulo Molinari elenca os fatos do mercado do milho que merecem atenção. Confira:

Internacional

  • Mercado externo com transição de julho relativamente tranquila, com as chuvas retornando em grande parte do Meio-Oeste dos Estados Unidos;
  • Maior parte das estimativas privadas de produtividade surgirá em agosto. Algumas podem sugerir números até acima do previsto pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para o milho;
  • Exportações norte-americanas não avançam e preços não conseguem estabelecer uma curva de recuperação na Bolsa de Chicago;
  • Compras da China na semana, em 1,7 milhão de toneladas, foram apenas pontuais e não se convertem em um quadro continuo, até em função dos seus estoques altos;
  • Etanol em plena recuperação nos EUA também não consegue impor uma visão otimista pelo lado da demanda regional;
  • Atenção ainda ao clima de agosto, na fase de enchimento de grãos;
  • Muito calor em todo o Meio-Oeste para esta semana, com boas chuvas;
  • Clima normal na Europa sem sintomas de problemas para a produção;

Brasil

  • Algumas colheitas são ainda lentas no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraguai. Goiás avança e Mato Grosso indo para a fase final;
  • Com isso, os contratos de entrega de segunda safra vão atrasando e cria-se um ambiente de preços firmes de curto prazo;
  • Paralelamente, os embarques na exportação são bons mas não excepcionais;
  • Os preços no porto em torno de R$ 50 vão sustentando o mercado interno em plena colheita;
  • Quadro do milho é de boa safra, apesar dos problemas regionais em alguns estados, é suficiente para atender toda a demanda interna no segundo semestre;
  • Espera-se este avanço de colheita regional em agosto e um certo equilíbrio melhor de preços.