O milho na B3, antiga BM&FBovespa, inicia a semana com novas valorizações. De acordo com a consultoria Agrifatto, o contrato para novembro de 2019 avançou expressivamente nos primeiros minutos do pregão desta segunda-feira, 16, atingindo a parcial de R$ 39,65 por saca, com alta de 0,25 pontos
As recuperações dos preços ainda refletem o último relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado na quinta-feira, 12, quando o órgão norte-americano reduziu a estimativa de produção de 353,1 milhões de toneladas para 350 milhões de toneladas.
- Milho: confira o que vai ditar os preços nesta semana
- Inoculante biológico pode elevar produção de milho em até 10 sacas por hectare
Além disso, as valorizações do indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta primeira metade do mês também dão vazão ao movimento, já que desde o início de setembro o indicador do cereal no balcão paulista avançou 0,94%.
“O último indicador do Cepea fechou em R$ 37,58 por saca, trata-se do maior valor em dois meses”, diz a consultoria em relatório.
Por fim, os ataques com drones em uma central petrolífera na Arábia Saudita no último sábado, 14, podem impulsionar o preço do barril de petróleo, aumentando a competitividade do etanol a partir do milho, ampliando a demanda pelo cereal.
A consultoria Safras & Mercado também acredita que a demanda por biocombustíveis renováveis também aumente, principalmente o etanol de milho dos Estados Unidos e o biodiesel feito a partir do óleo de soja. “Isso (ataque) pode trazer indiretamente um benefício ao esmagamento de milho e soja, ou uso de óleo de soja no biodiesel”, comenta o analista Paulo Molinari.
“Foi uma situação pontual, Trump já agiu para confortar o mercado de forma a garantir abastecimento (de petróleo). Isso tem efeito global, a não ser que derive para uma situação pior, como uma conflito armado que possa mexer com preços do petróleo de forma mais agressiva e impactar as commodities”, disse.