Cresce o número de casos de Covid-19 no interior do Brasil, o que acendeu um sinal de alerta na agropecuária. O setor teme que municípios tenham que decretar lockdown, o que pode dificultar os trabalhos de colheita do milho, que já começaram em algumas regiões e devem ganhar ritmo em julho.
Em Mato Grosso, já faltam leitos nos hospitais e existe chance de lockdown em alguns municípios. Esta semana, Minas Gerais também anunciou que pode adotar o bloqueio quase total da economia para frear o avanço da doença.
No Paraná, 4% da área plantada já foi colhida, segundo acompanhamento do Deral. De acordo com o presidente da Aprosoja local, Márcio Bonese, os produtores estão seguindo os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Usando máscaras e álcool gel, e restringindo o contato dos funcionários com o pessoal das cooperativas”, elenca algumas das medidas adotadas.
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Mesmo seguindo as normas de segurança e a distância entre trabalhadores, o técnico agrícola Antônio Rodrigues Neto, de Laguna Carapã (MS), afirma que houveram alguns casos. “Mas estamos trabalhando fortemente na higienização, sempre cuidando. Sem aperto de mão e sempre com o uso de máscara”, diz.
Em todo o país, produtores e entidades do agronegócio se esforçam para que o setor agropecuária não precise interromper suas atividades. “Temos que preservar o campo, manter o agro funcionando. O agro não para”, diz o produtor Ivan Brucelli, de Montividiu (GO).