O Brasil segue exportando grandes quantidades de soja e milho nesta safra. Conforme a AGR Brasil, o real desvalorizado ajuda a reduzir o preço dos grãos exportados pelo Brasil frente aos dos Estados Unidos, o que traz uma demanda maior para o país. A nota é do boletim desta quarta, dia 29.
A vantagem dessa demanda maior para o produtor brasileiro, segundo a AGR, é que a procura continua forte, quando em outros anos ela já estaria sendo substituída pelos grãos norte-americanos. Como o produto brasileiro é mais barato, a demanda se reduz nos EUA e continua forte no Brasil.
– Existe a previsão de que as exportações brasileiras [de milho] ultrapassem com folga a safra 2012/2013, ano em que os EUA sofreram forte seca – registra a consultoria.
Já no caso da soja, as exportações deste ano já são recorde absoluto e ainda devem continuar crescendo nos próximos dias. Historicamente, os Estados Unidos passam a realizar mais vendas da safra nova a partir de junho de cada ano. A AGR indica que, este ano, porém, a alta do dólar assim como a produção recorde no Brasil têm possibilitado que o país seja bem mais competitivo no mercado global do que os EUA.
Os preços de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) e no mercado exportador norte-americano ainda estão elevados para concorrer com o produto brasileiro e argentino. Segundo a consultoria, é impossível prever a quantidade final de soja que será exportada, mas o ritmo atual mostra que o Brasil pode não só chegar pela primeira vez à marca de 50 milhões de toneladas embarcadas, como pode facilmente ultrapassar esta marca na próxima safra, se tornando o país líder mundial disparado de exportação.
A AGR Brasil estima que dentro do quadro atual, os EUA devem exportar entre 44 e 47 milhões de toneladas para a safra 2015/2016.