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Brasil quer 2 títulos em 2018: o hexa no futebol e ser o maior produtor de soja

Nos dois campos, o Brasil tem grandes chances de se destacar e conseguir o lugar no topo

Fonte: Lucas Figueiredo/CBF

Se existe um país no qual o futebol e a agricultura são o orgulho da nação, este certamente é o Brasil. Na área rural, é considerado o celeiro do mundo por entidades internacionais, justamente devido à quantidade de áreas de pastagens degradadas a serem exploradas pela atividade e também pelo avanço tecnológico e produtivo das lavouras já consolidadas. No esporte, esperar o que do único país presente em todas as edições da Copa do Mundo? O Brasil, mais uma vez, entra como o favorito a levar a taça e pode se sagrar hexacampeão.

A soja é hoje o principal produto agrícola brasileiro, o que já valeu ao atual período a alcunha de “ciclo da soja”, a exemplo de outros momentos da história do Brasil em que determinados produtos estiveram na base da economia, como o ouro, o café e a borracha.

De fato, o grão tem ajudado o agronegócio brasileiro a manter a balança comercial do país no azul, já que rende sozinho algo em torno de US$ 30 bilhões em exportações por ano – ou seja, quase metade do saldo positivo obtido pelo Brasil em 2017.

A pecuária é o segundo setor que mais exporta no Brasil, com US$ 15 bilhões, seguido pelo complexo sucroalcooleiro com US$ 12 bilhões; produtos florestais, com US$ 11 bilhões; e café, com US$ 5,2 bilhões.

O maior da soja

No Brasil, a soja também é a commodity mais produzida por ano, com 116 milhões de toneladas, mais da metade do total de grãos produzidos no país. O milho vem logo na sequência, com 89 milhões de toneladas.

A produção de soja tem avançado rapidamente no país, tanto que há 10 anos era de 60 milhões de toneladas – de lá para a safra 2017/2018, houve um incremento de 93% na colheita.

Ainda assim, essa quantidade de soja não rendeu ao Brasil a posição de maior produtor do grão. Os Estados Unidos, que já não têm mais áreas novas para expansões e dependeria de ajustes em outras culturas (como o milho) para ampliar a safra da leguminosa, produziu 119 milhões de toneladas.

No entanto, se nada atrapalhar o Brasil na safra que será semeada, 2018/2019, o volume de soja poderá ultrapassar o produzido pelos americanos e seremos os campeões do mundo na atividade. Pelo menos, essa é a perspectiva do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Segundo a entidade, no próximo ciclo, o Brasil deve produzir 119 milhões de toneladas e os Estados Unidos 117 milhões.

O melhor no futebol

A seleção brasileira de futebol é a equipe mais vitoriosa na história das copas do mundo, com cinco títulos conquistados nos anos de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Além disso, ela é a única a ter participado das 20 edições do campeonato, que teve início em 1930, no Uruguai.

O Brasil começou a se destacar para valer nas copas ainda em 1950, quando o time canarinho foi para a primeira final da sua história, jogando em casa. O resultado, no entanto, foi uma ducha de água fria para os mais de 200 mil espectadores presentes no estádio do Maracanã, no episódio que ficou conhecido como Maracanaço, no qual o Brasil perdeu o título para o Uruguai, por 2 a 1.

Quatro anos depois, o mundo via nascer um talento e, com ele, o primeiro título mundial do Brasil. Pelé, aos 17 anos, brilhou em sua primeira copa e, ao lado de craques como Bellini, Djalma Santos, Zagallo, Garrincha, Vavá e Pepe levantou a primeira copa para o Brasil.

A expressão “levantar a taça”, inclusive, nasceu nessa competição. Rodeado por jornalistas e fotógrafos que queriam ver a Jules Rimet, o capitão Bellini levantou o troféu e fez, pela primeira vez, o gesto que se tornou marca em todos os campeonatos a partir de então.

1962, a Copa de Garrincha

Quatro anos após a primeira conquista, a seleção foi ao Chile para tentar o bicampeonato. Com muitos jogadores campeões do mundo, o Brasil enfrentou um grave revés: perder o principal craque já na segunda partida. Em um jogo contra a Hungria, Pelé sofreu uma contusão muscular e teve que abandonar o campeonato.

Comandados pelo talento do inesquecível Mané Garrincha, o Brasil foi passando por seus adversários até chegar à final, na qual derrotou a Tchecoslováquia por 3 a 1 e se tornou a maior seleção daquela geração.

1970 e a seleção inesquecível

Na Copa de 1966, na Inglaterra, o Brasil não teve uma boa atuação e foi eliminado ainda na primeira fase. Na Copa seguinte, ainda com Pelé em campo e com vários talentos da nova geração, o Brasil chegou ao tricampeonato naquela que foi chamada de a melhor seleção de todos os tempos.

Félix, Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza, Clodoaldo, Everaldo, Jairzinho, Gérson, Tostão, Pelé e Rivelino. Com esse time, o Brasil conquistou a torcida mexicana que recebia pela primeira vez o mundial e encantou o mundo pelas telas da televisão, já que esse foi o primeiro mundial transmitido em cores para o mundo inteiro.

Marcando em todas as partidas. O atacante Jairzinho virou o “Furacão da Copa de 70” e, desmontando as defesas adversárias, Pelé conquistou o seu terceiro título, mostrando a todo o planeta que era o rei do futebol.

Na final, o Brasil atropelou a Itália por 4 a 0 e fechou a copa com um dos gols que simbolizam aquela equipe, com passes de quase todo o esquadrão, finalizando no chute certeiro do capitão Carlos Alberto Torres. Ao erguer a taça, no gesto imortalizado por Bellini, ele acabou dando início a uma nova tradição ao beijar o troféu, que ficaria em posse do Brasil por ser a primeira seleção a conquistar o título por três vezes.

1994: o tetra nos pés de Bebeto e Romário

Após 24 anos de jejum e de ter visto seleções memoráveis como a de 1982 – para muitos, o melhor time de todos os tempos – e de 1986, com Zico e companhia, o Brasil voltou a conquistar uma Copa do Mundo.

Dessa vez, nos Estados Unidos, o time que era apontado pelos mais críticos como retranqueiro mostrou um belo futebol, com muitos gols, com o comando do ataque ocupado pela dupla Bebeto e Ronaldo.

Naquele ano, o mundo viu a copa ser disputada sob as temperaturas elevadíssimas do verão norte-americano e com um desempenho fora do normal de craques como o goleiro Taffarel, Ricardo Rocha, Leonardo, Zinho e a dupla de goleadores.

Na final, mais uma vez o Brasil bateria a Itália, mas agora a partida iria para os pênaltis, fato que nunca havia ocorrido em mundiais. Com o famoso pênalti perdido pelo atacante italiano Roberto Baggio, melhor jogador do mundo na época, o Brasil levou mais um título para casa e pôde gritar “É Tetra”.

2002 e a volta do Fenômeno

A primeira Copa do Mundo do novo milênio foi disputada em dois países, Coreia do Sul e no Japão. A seleção brasileira vinha de uma derrota traumática em 1998, na França, quando o jogador Ronaldo Nazário, aclamado no mundo todo como Fenômeno, sofreu uma convulsão horas antes da final contra os anfitriões. Isso desestabilizou o time canarinho e afetou o desempenho do Brasil, que acabou sendo derrotado por 3 a 0.

Em 2002, o Fenômeno tentava reconquistar o povo brasileiro e a própria confiança, já que retornara de uma lesão gravíssima no joelho e tentava obter novamente a posição de melhor jogador do mundo. De forma invicta, o Brasil derrotou a Turquia por duas vezes, a China, a Costa Rica, a Bélgica, a Inglaterra e, na grande final, a tradicional seleção da Alemanha.

Com dois gols do camisa 9, o Brasil conquistou o pentacampeonato e se tornou, novamente, a seleção mais vitoriosa do mundo.

2014, a Copa do 7 a 1

Em 2014, o Brasil voltou a sediar uma Copa do Mundo depois de 64 anos. Com todas as esperanças depositadas nos pés do craque Neymar, o time brasileiro passou fácil pela primeira fase.

Nas oitavas de final, passou pelo Chile com um pouco de sofrimento, nos pênaltis. Nas quartas de final, derrotou a Colômbia por 2 a 1, mas acabou perdendo o camisa 10 do time. Sem Neymar em campo, o Brasil teve que enfrentar a sempre favorita Alemanha e o resultado todos nós sabemos: 7 a 1 para os adversários e a maior vergonha do futebol brasileiro em Copas do Mundo.

Agora, na Rússia, a seleção comandada pelo técnico Tite tem como missão resgatar as glórias do passado e esquecer o vexame do último mundial. Mais uma vez, a grande esperança está no camisa 10, Neymar.

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