Uma pesquisa realizada na quinta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a produção nesta safra de café deve ser de 3,1 milhões de toneladas, ou 52,1 milhões de sacas de 60 quilos, queda de 13,1% em relação a 2018.
Para o café arábica, o volume estimado é de 2,2 milhões de toneladas, ou 36,7 milhões de sacas de 60 quilos, redução de 1,4% em relação ao último levantamento. Para o café conilon, a expectativa de produção é de 920,3 mil toneladas, ou 15,3 milhões de sacas de 60 quilos, mesmo volume estimado no relatório passado.
O analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, aponta os dados do IBGE como plausíveis e diz que ‘houve realmente uma queda tanto na questão produtiva quanto na renda do café’ Mas o que mais preocupa o setor, segundo ele, são os preços.
“No mercado interno, os preços estão muito ruins tanto para o arábica, quanto para o conilon. Isso compromete a sustentabilidade do setor”, relata. Mesmo com a atual situação, Marcus acredita que a safra de 2020 pode ser maior que a atual, ‘mas ainda longe de ser espetacular, por conta de preços horríveis que projetam um próximo ano complicado’.
Para ele, o mercado precisa compreender que não há possibilidade de atingir grandes quantidades de sacas de café se o preço continuar prejudicando o produtor, o que faz com que ele não invista no negócio. “O mercado tem que entender isso para que a gente possa honrar os compromissos de ‘futuro de demanda’ projetados’, diz ele.