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Caminhoneiros interrompem trechos em seis estados

Desde à 0h, motoristas param trechos em Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul em protesto ao tabelamento do freteOs caminhoneiros iniciaram nesta quinta-feira, 23, uma nova paralisação após o fracasso da reunião de ontem, 22, com o governo para tratar da questão do tabelamento do frete. Os bloqueios atingiram trechos de rodovias em Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina, no Paraná, Rio Grande do Sul e Ceará. Até a noite desta quinta, as paralisações continuam em três estados.

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Mato Grosso, os trechos onde há paralisação de caminhoneiros até o momento são: quilômetro 615 na BR-364, em Diamantino; quilômetro 598, na BR-163 em Nova Mutum; quilômetro 200 e 206, na BR-364 em Rondonópolis; no quilômetro 686 na BR-163 em Lucas do Rio Verde; no quilômetro 748, na BR-163 em Sorriso e no quilômetro 1058, da BR-163 em Guarantã do Norte.

No Rio Grande do Sul, a PRF confirma bloqueios em Ijuí, nos quilômetros 457 e 462, da BR-285. Também há bloqueio no quilômetro 155, na BR-472 em Santa Rosa; quilômetro 386, na BR-153 em Cachoeira do Sul e no quilômetro 160, da BR-158 em Panambi.

No Paraná, a PRF informa que há interdição no quilômetro 667, na BR-277 em Medianeira, quilômetro 452, na BR-376 em Laranjeiras do Sul e quilômetro 7, na BR-163 em Barracão.

Pela manhã, em Santa Catarina, 80 caminhoneiros protestaram na BR-282, perto do acesso à rodovia BR-163, na altura da cidade de São Miguel do Oeste e também tiveram manifestações nas alturas das cidades de Maravilha e Cunha Porã.

À tarde, caminhoneiros pararam os quilômetros 512 e 513 da BR-381, em Igarapé, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). Eles interditaram uma faixa no sentido São Paulo. Porém, sem reflexos no tráfego da rodovia.

No Ceará, os caminhoneiros pararam o trecho da BR-116 nas cidades de Limoeiro do Norte e Tabuleiro do Norte.

Reivindicações

A reunião entre as entidades representantes do setor e o governo, na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), durou 30 minutos e acabou sem consenso. O governo perdeu o controle do debate, afirmando que haverá uma tabela referencial para os preços do frete, enquanto os caminhoneiros pedem uma tabela impositiva. Os ministros da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, e dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, estavam presentes.

Os caminhoneiros que participaram da reunião não aceitaram o relatório apresentado pelo governo e abandonaram a discussão, prometendo greve geral.

Em entrevista coletiva, após o fim da reunião, o governo federal disse que “as medidas são conquistas reais” e que a tabela de referência vai ajudar os caminhoneiros. Miguel Rossetto afirmou que tabela impositiva é inconstitucional e impraticável.

A diversidade de fretes do setor impede uma única tabela obrigatória e a tabela de referência cria base técnica para negociações de mercado, segundo o ministro.

O governo destacou que acredita que terá apoio da maioria dos caminhoneiros e que vai seguir acompanhando a greve.

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