Segundo as primeiras informações, os caminhoneiros bloqueavam três pontos da BR-163, em Mato Grosso – um no quilometro 686, na altura da cidade de Lucas do Rio Verde e dois outros em Rondonópolis, nos quilômetros 201 e 206 da BR-364, próximo ao trevo que liga a via à BR-163. Também há bloqueio na BR-364, perto de Diamantino.
Em Santa Catarina, 80 caminhoneiros protestam na BR-282, perto do acesso à rodovia BR-163, na altura da cidade de São Miguel do Oeste. Eles não estão bloqueando a pista, protestando nas laterais. Ocorrem manifestações também nas alturas das cidades de Maravilha e Cunha Porã.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que há pontos de bloquio no quilometro 243,5 da BR-386, no Rio Grande do Sul, na altura da cidade de Soledade; em Três Cachoeiras, no quilometro 22 da BR-101; em Vernópolis, no quilometro 181 da BR-470; em Itují, no quilometro 463 da BR-285; e em Federico Westphalen, no quilometro 36 da BR-386.
No Paraná, a PRF diz que há interdição parcial no quilometro 186 da BR-376, na altura de Marialva, com uma faixa bloqueada em cada sentido. A passagem de carros de passeio está liberada. Em outras localidades, caso de Medianeiram Laranjeiras do Sul, Capitão Leônidas Marques, Toledo e Cascavel, os manifestantes se concentram fora das pistas, desviando caminhões para postos de combustíveis..
Reivindicações
A reunião entre as entidades representantes do setor e o governo, na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), durou 30 minutos e acabou sem consenso. O governo perdeu o controle do debate, afirmando que haverá uma tabela referencial para os preços do frete, enquanto os caminhoneiros pedem uma tabela impositiva. Os ministros da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, e dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, estavam presentes.
Os caminhoneiros que participaram da reunião não aceitaram o relatório apresentado pelo governo e abandonaram a discussão, prometendo greve geral.
Em entrevista coletiva, após o fim da reunião, o governo federal disse que “as medidas são conquistas reais” e que a tabela de referência vai ajudar os caminhoneiros. Miguel Rossetto afirmou que tabela impositiva é inconstitucional e impraticável.
A diversidade de fretes do setor impede uma única tabela obrigatória e a tabela de referência cria base técnica para negociações de mercado, segundo o ministro.
O governo destacou que acredita que terá apoio da maioria dos caminhoneiros e que vai seguir acompanhando a greve.