A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou que a extensão do prazo para inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) para produtores familiares (propriedades rurais de até quatro módulos fiscais) tem objetivo de atender quem teve dificuldade na operação. Ela observou, entretanto, que nada impede que o mesmo ocorra para médios e grandes, caso o governo perceba grande queixa por parte desses agricultores. Ela relatou ainda que cerca de 60% dos produtores fizeram o cadastro e 80% da terra foi registrada.
Kátia Abreu se declarou “contente” com os resultados do CAR e disse que a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) irá apresentar o consolidado nesta sexta, dia 6. “Ela (Izabella) citou São Paulo com avanço grande. Ela também fez a Mato Grosso uma menção elogiosa”, relatou. “Esse instrumento vai concorrer a nosso favor, vai mostrar que produzimos de forma sustentável”, argumentou.
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“O Ministério do Meio Ambiente propôs apenas para os pequenos produtores, mas gostaria de lembrar que 86% dos produtores do Brasil são pequenos”, observou Kátia Abreu. Ela explicou que eles enfrentavam dificuldades para fazer o cadastro por ele exigir algum nível de conhecimento tecnológico e por ter também alguma burocracia. “Ele não é difícil, mas exige um pouco do produtor. Então nada mais justo que ampliar o prazo. Se sentirmos que tem reclamação entre grandes e médios, nada impede de ocorrer uma prorrogação”, reforçou.
A ministra observou que é preciso fazer o cadastro para não perder benefícios para regularização das áreas de proteção. Explicou, ainda, que para 2016 e 2017, no caso do crédito rural, o produtor não ficará prejudicado. “O código florestal fala em cinco anos a partir da promulgação da lei, então o produtor que não estiver no CAR, não poderá pegar crédito a partir de 5 de maio do próximo ano”, disse.
