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A cinco dias do prazo, só 32% do rebanho de Mato Grosso foi vacinado

Em Uberaba, a situação é semelhante: menos da metade dos criadores notificaram a imunização ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)A primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa encerra neste domingo, dia 31, mas a adesão dos produtores está baixa. Em Mato Grosso, estado com o maior rebanho do país, apenas 32,79% dos bovinos e bubalinos foram vacinados.

Nesta etapa, são imunizados animais de 0 a 24 meses de idade, com exceção das propriedades localizadas no baixo Pantanal. A estimativa inicial da campanha de maio era imunizar 12.650 milhões de animais, dentro da faixa etária exigida. Até a última sexta, dia 22, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), recebeu apenas notificações de 32,23% das propriedades.

• Veja o calendário de vacinação do seu estado

– É importante que o produtor não deixe para a última hora. O período para comunicar a vacinação termina no dia 10 de junho. Ele pode se dirigir ao escritório do Indea da sua cidade, assim que vacinar todo o rebanho da propriedade – destaca o presidente da autarquia, Guilherme Nolasco. Para efetuar a comunicação, o produtor precisa apresentar a relação dos animais vacinados e a nota fiscal da compra da vacina. 

Quem não vacinar o rebanho dentro do período da campanha paga multa de 2,25 UPF (Unidade Padrão de Fiscal) por cabeça de gado não vacinado. O produtor que atrasar a comunicação fica impossibilitado de emitir Guia de Trânsito Animal (GTA) por um período mínimo de 30 dias. O valor da UPF pode ser consultado na página da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz)

Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do país, reconhecido internacionalmente como área livre de febre aftosa  com vacinação há 19 anos. De acordo com relatório divulgado no mês de abril deste ano, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com o resultado do estudo de sorologia realizada nos meses de abril e maio de 2014, em bovinos de 6 a 24 meses de idade, o Estado foi enquadrado no Grupo 1, o que significa que está com excelente nível de imunidade do rebanho, com valores acima de 90%.

Minas Gerais

Em Minas Gerais, a situação é semelhante: menos da metade dos criadores notificaram a imunização ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Os produtores que não imunizarem o gado podem ser penalizados com multa de R$ 68,00.

– É um número muito baixo por ser o final da campanha, já que os produtores têm até sexta-feira para vacinar e a declaração pode ser feita até 10 de junho – comenta Daise Macedo, chefe do escritório de Uberaba do IMA. Nesta etapa da vacinação, o IMA permite que os produtores regularizem o cadastro quantitativo dos animais, atualizando possíveis perdas ou aumento no rebanho. O ajusto pode ser feito sem ônus fiscal. Para isso, basta que os produtores declarem a vacinação em qualquer um dos escritórios do instituto.

– Para essa atualização, o produtor deve procurar o escritório do IMA, ele pode aumentar o rebanho em qualquer quantidade sem ônus. Para a redução, é a seguinte regra: macho até três anos 12% de redução, acima de três anos o produtor pode reduzir 5% e as fêmeas podem reduzir 12% em qualquer faixa etária – orienta Daise. Desde novembro de 2014 a declaração em Minas Gerais pode ser feita pela internet. Para isso, basta que o produtor tenha em mãos a nota fiscal da compra das vacinas.

Em nota, no entanto, a assessoria do IMA informou que as informações repassadas pela técnica do Instituto em Uberaba referem-se às declarações de vacinação já informadas pelos produtores daquele município, e que “os índices de declaração de vacinação informados pelos produtores rurais em Minas têm se situado na casa de 95%”.

balanço da vacinação em todo o país será divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no dia 15 de junho, antes disso, nenhum levantamento parcial será divulgado. De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, após o balanço, os estados que apresentarem baixa adesão/cobertura da vacina, serão tratados com “rigidez”. O Mapa garante ainda “que não faltarão investimentos para a sanidade animal”.

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