A colheita do milho segunda safra chegou a 44,5% dos 1,7 milhão de hectares cultivados em Mato Grosso do Sul. Os dados foram divulgados pela Associação de Produtores de Soja do estado (Aprosoja-MS).
Segundo a entidade, os trabalhos de campo seguem atrasados em relação ao mesmo período do ano passado. Até o momento estima-se que tenham sido colhidos 739.811 hectares.
A região norte do estado é a mais avançada, com média de 76,8% da área colhida e destaque para o município de Alcinópolis que já finalizou a colheita, enquanto que Chapadão do Sul e Costa Rica se aproximam dos 90%. Na região central, foram colhidos apenas 39,6% da área, sendo Jaraguari e Terenos os dois únicos municípios que chegaram aos 60% do total.
Já na região mais produtora de Mato Grosso do Sul, o percentual de colheita é o menor, com 36,4% de avanço no sul. Entre os municípios desta região, Itaporã se destaca por chegar aos 80% da área, enquanto que Maracaju e Naviraí estão próximos dos 50%.
O presidente da Aprosoja-MS, Juliano Schmaedecke, explica que a região norte está dentro da normalidade de colheita, porém na área sul e centro segue prejudicada, com quebras de safra. “A estiagem transformou 2018 em um ano atípico, o que também já está refletindo no preço. Há um ano, o milho era vendido a média de R$ 15, e agora, entre R$ 29 e R$ 30, quase o dobro, reduzindo um pouco do prejuízo de alguns produtores”.
A associação reduziu em 23,31% a expectativa de produção em relação à safra passada, caindo e 9,8 milhões de toneladas na safra 2016/2017 para 6,936 milhões de toneladas no ciclo atual. Também houve redução da área plantada em aproximadamente 8,21%, passando de 1,8 milhão para 1,7 milhão de hectares.