Os números são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgados no último dia 12 de agosto. Ao se comparar com a safra 2020/21 com igual período no ano passado a colheita de algodão no estado no atual ciclo está 21,78 pontos percentuais à frente.
Algodão nas regiões produtoras de Mato Grosso
Dentre todas as regiões produtoras a Nordeste é a mais adiantada com 88,89%, podendo encerrar os trabalhos nos próximos dias se o clima colaborar. O Médio-Norte vem em seguida com 76,48% e o Oeste com 73,14%.
Já o Sudeste mato-grossense apresenta 72,26% da área colhida e o Centro-Sul 71,71%, conforme o Imea. O Noroeste registrava, até o dia 12 de agosto, 67,28% da sua área de algodão colhida.
Clima atrapalha
Apesar do progresso positivo da colheita, setor produtivo relata que as condições climáticas desta safra, com excesso de chuva no plantio, período de seca e frio, não favoreceram o algodão em Mato Grosso, atrapalhando o desenvolvimento das plantas.
Nas propriedades da Bom Futuro, de acordo com o diretor de Produção, Inácio Modesto Filho, haverá diminuição da produção em relação à safra anterior em decorrência do clima, apesar das fazendas localizadas na região da BR-163, como Lucas do Rio Verde e Ipiranga do Norte, registarem produtividade.
“Todas estas condições adversas estão sendo verificadas na colheita com perda na produção. Nas fazendas da Bom Futuro, a média é de perda de 27% em relação à safra passada e com maiores prejuízos na região de Sapezal”, pontua Modesto Filho.
O diretor comenta ainda que a média de produtividade está em 250 arrobas de pluma, abaixo das médias anteriores de 335 arrobas de pluma, mas que apesar das intercorrências desta safra, o grupo não deverá diminuir a área de algodão a ser plantada na safra 2022/23.