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Mato Grosso

Colheita do milho começa em MT com expectativa de recorde de produção e queda no preço

Levantamento do Imea aponta que 0,16% da área destinada ao cereal na segunda safra 2022/23 foi colhida na última semana

Mato Grosso deu a largada na colheita do milho segunda safra 2022/23 na última semana. A expectativa é que sejam colhidas cerca de 47 milhões de toneladas de cereal, um novo recorde para o estado. Contudo, a queda no preço da saca de 60 quilos vem tirando o sono dos agricultores.

Os produtores mato-grossenses colheram na primeira semana de trabalhos 0,16% dos 7,42 milhões de hectares semeados nesta temporada. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), todas as regiões produtivas iniciaram os trabalhos.

Colheita de milho em Mato Grosso
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

A região médio-norte é a mais avançada com 0,25% da área colhida. Em Lucas do Rio Verde o produtor Ademir Fischer acompanha de perto a retirada do milho das primeiras áreas prontas dos 3.150 hectares, que começaram a ser cultivados em janeiro.

De acordo com o agricultor, o excesso de chuvas durante o ciclo da cultura acabou prejudicando o desempenho da plantação, o que leva a expectativa na propriedade de produzir um pouco menos que na última safra.

“O ano passado a gente fez um total, nessa mesma área, umas 450 mil sacas e esse ano eu acho que vamos fazer uns 400. Vamos perdes 50 a 60 mil sacas. Deu bastante água superficial. Estou há 40 anos em Mato Grosso, tem um talhão de 300 hectares, tudo terra alta, onde a água corria para um lugar e para outro. Então, foi uma coisa surpreendente perder por excesso de chuvas”, comenta Ademir Fischer.

Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Desvalorização do milho preocupa em Mato Grosso

Diante de uma safra recorde, uma das preocupações dos produtores é quanto a desvalorização do milho. O que causa insegurança quanto à venda da metade da produção que o agricultor Ademir Fischer espera colher.

“O setor está apreensivo, porque foi uma queda repentina e perdemos muito. Se nós vendíamos R$ 70, R$ 65, R$ 75, hoje estamos vendendo a R$ 35. Nós agricultores não podemos correr mais risco. Tudo é complicado neste momento atual do Brasil. O ponto de equilíbrio é o principal. De repente produzir menos e ganhar mais, que seria igual ou produzir muito e ganhar pouco pelo preço do nosso produto”, salienta Ademir.

Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Conforme o presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Marcelo Lupatini, a preocupação com o preço do milho pago ao produtor rural é preocupante em todo o município.

“Desde a pandemia, o preço do milho foi subindo e os custos de produção foi subindo acompanhamento, porém o milho agora caiu mais de 50% do começo do ano até agora e os custos de produção alguns baixaram na mesma proporção de 50%, outros 15%, 20% e outros não baixaram”, frisa.

O presidente do Sindicato Rural comenta ainda que vender o milho a R$ 35 a saca de 60 quilos é prejuízo ao produtor rural e não se sabe a tal preço o mesmo conseguirá plantar outra safra.

Produtores avaliam safra 2023/24

Na propriedade do agricultor Valmor Demarco o milho da safra 2022/23 está quase pronto para ser colhido. Mesmo com os motores das colheitadeiras já sendo aquecidos, a produção na fazenda ainda não começou a ser vendida. Apreensivo com o momento, o agricultor afirma estar avaliando a próxima temporada.

Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

“Nós estamos com 50% pagos para a próxima safra e o restante temos para 30 de agosto. Acho que vamos fazer cancelamento, porque se for plantar com o cenário desses preços não via mais a conta. Se foi investido R$ 80 na lavoura e esse preço de R$ 30, R$ 34 [a saca pago hoje] precisa de 150 sacas por hectare e não fecha a conta. Se negociar nesse preço aí não tira o investimento. É esperar passar esse problema dos preços para ver se melhora para nós começarmos a plantar de novo”.

Segundo o Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, a colheita no município ocorre de maneira pontual. A expectativa é de que os trabalhos comecem a ganhar ritmo nas próximas semanas, com índices de produtividade melhores que os alcançados até agora.

“As áreas colhidas representam menos de um por cento. Os produtores relataram ter a produção igual ao ano passado e algumas áreas estão produzindo até 20 sacas a menos. A gente imagina que Lucas vai colher um pouco mais que o ano passado na produção em média por hectare”, salienta Marcelo Lupatini.

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