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Milho

MT: Colheita do milho começa com déficit de 98% na armazenagem

Segundo o Imea, com avanço dos trabalhos de campo, preço do cereal já recuou mais de 2% em uma semana

colheita de milho
Foto: Tony Oliveira/CNA

A colheita do milho segunda safra já começou em Mato Grosso. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicou nesta terça-feira, dia 21, que os trabalhos de campo atingiram 0,26% da área, o que já representa um adiantamento em relação ao mesmo período da safra passada e à média dos últimos cinco anos, reflexo da antecipação da semeadura. Com isso, o preço do cereal apresentou um recuo semanal de 2,19%, ficando cotado a uma média de R$ 22,58 por saca.

De acordo com a entidade, apenas as regiões nordeste, sudeste e médio-norte iniciaram os trabalhos, com destaque para a nordeste, que já exibe 1,32% da área colhida, o que representa um recorde para o período. Para as demais regiões, ainda não foram reportados avanços representativos, devido à passagem de frente fria e alta umidade na última semana que impediram a secagem do cereal.

O Imea espera que a colheita se intensifique ainda em junho, quando é previsto que as regiões já estejam com as colheitadeiras no campo, a depender também do comportamento climático para as lavouras atingirem o ponto de colheita.

Armazenagem

Um desafio antigo do estado volta a ser foco a partir de agora: a armazenagem. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), atualmente a capacidade de estocagem de grãos do estado está em 37,48 milhões de toneladas, e, apesar do seu crescimento de 24,2% nos últimos cinco anos, ainda não foi o suficiente para atender às necessidades do estado.

“Levando em consideração a recomendação da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), de que a disponibilidade ideal de armazéns é de 120% da produção, estima-se que, para a estocagem de grãos em Mato Grosso ser satisfatória na safra 2018/2019, seria necessária uma capacidade de 74,24 milhões de toneladas, o que revela um déficit de 98%”, alertou.

Diante, desse cenário, a entidade orienta os produtores rurais a se planejar para reduzir possíveis prejuízos.

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