O mercado iniciou a sessão de hoje, dia 2, sob pressão, com cotações atingindo as mínimas do dia logo antes do encerramento da sessão noturna, após anúncio de fracos dados de exportações semanais, principalmente para a soja, que registrou cancelamentos na semana. O milho teve o menor nível de vendas de safra nova nos últimos cinco anos e o segundo menor nos últimos 10 anos. As exportações de soja têm queda de 45,1% abaixo de 2014.
Os contratos de soja com vencimento em novembro fecharam com baixa de 1 ponto, a US$ 10,28. Milho/dezembro registrou alta de 5 pontos, a US$ 4,37. Já o trigo, com vencimento em setembro, terminou o dia estável a US$ 5,88. Apesar dos dados de exportação, quem protagoniza o mercado não é a demanda, mas a oferta e, consequentemente, o clima.
A AGR Brasil destaca que o final de semana do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos geralmente é visto como um ‘marco’ para as safras de verão no país. “Se clima encontra-se favorável durante e após o feriado, a tendência é de preços em recuo – e vice-versa”, lembra a consultoria em relatório diário.
“O potencial de preços muito mais baixos fica ‘adiado’ até que o mercado consiga tabular com maior precisão o efeito que as chuvas recentes terão na área de plantio e de colheita, e também nos níveis de produtividade. No entanto, isso também não significa que o mercado vá simplesmente disparar no curto prazo. O momento é de incerteza e volatilidade em Chicago, e com a safra somente agora entrando no seu período crucial de desenvolvimento nos EUA e leituras climáticas favoráveis, tudo ainda pode acontecer”, projeta a AGR.