Os fertilizantes são parte fundamental dos trabalhos no campo, podendo representar até 50% dos custos de produção de algumas culturas. Seu uso adequado pode significar o sucesso ou o fracasso de um período inteiro de trabalho duro.
Por isso, o produtor precisa ficar atento em relação à quantidade utilizada e, principalmente, a qualidade e procedência do produto. Fertilizantes falsos representam um grande perigo, pois são ineficientes e perigosos para a saúde da lavoura e dos consumidores.
Para ajudar os agricultores a evitarem estes problemas, a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT) elaborou um guia com orientações técnicas para se precaver da situação.
1º Passo: chegada à propriedade
Quando o fertilizante chega à propriedade, a primeira coisa que o produtor deve fazer é olhar a Nota Fiscal do produto, verificando se é o produto solicitado, se as especificações estão corretas, se a validade está dentro do prazo e se o adubo conta com o Número do Registro do Produto e o Número do Registro do Estabelecimento.
– Se constatar algum problema, recomendamos que não aceite o descarregamento do produto na propriedade, e que entre em contato com o fornecedor imediatamente – diz a Aprosoja.
2º Passo: amostragem
O segundo passo é separar uma amostragem para verificar se o produto está dentro dos padrões.
A técnica de como realizar a coleta está detalhada no guia preparado pela Aprosoja. Após o processo é preciso enviar a amostra para um laboratório certificado pelo Ministério da Agricultura, que verificará se o produto está dentro dos padrões oficiais.
O processo precisa ser realizado de forma detalhado, para garantir que a amostra seja relevante para a análise e os resultados finais.
Resultado
Segundo instrução do Ministério da Agricultura, os limites de tolerância para Nitrogênio (N), Pentóxido de Fósforo (P2O5), Óxido de Potássio (K2O), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre é de até 15%, quando o teor do elemento for igual ou inferior a 5 %. Eles poderão ser de até 10% quando o teor for superior a 5% até 40%, sem exceder a uma unidade. E de até 1,5 unidade quando o teor do elemento for superior a 40%.
Caso o resultado da análise mostrar que o fertilizante ultrapassa o limite determinado, o produtor deve realizar um laudo agronômico com as seguintes informações para entrar com uma ação judicial:
• seus dados e os dados da propriedade;
• a quantidade do produto armazenado;
• dados técnicos da divergência de padrão dos teores;
• a Nota Fiscal do produto adquirido e;
• o certificado de análise expedido por laboratório cadastrado no Ministério da Agricultura.