Quem ainda não comprou fertilizantes para a segunda safra de milho deve se apressar. A tendência, segundo analistas de mercado, é de alta nos preços do insumo. Além disso, comprando agora, é possível negociar um valor que pese menos no bolso.
O produtor rural Claudinei Baptistella, de Boituva (SP), ainda não comprou o adubo que irá usar daqui a um mês, a pós a colheita da soja. Ele afirma estar cotando as empresas, à procura do melhor preço.
Atualmente, a tonelada de potássio no porto de Paranaguá, no Paraná, custa aproximadamente US$ 240 – 10% menos que em janeiro do ano passado. Já ureia está em torno de US$ 275 dólares a tonelada, 28% a mais que no mesmo período de 2016. Para o analista do setor de fertilizantes da INTL FCStone, Marcelo Mello, o preço pode subir ainda mais até março, por isso aconselha a compra neste momento.
Ele afirma que, com o início do plantio da safra americana de milho, que é muito forte, os preços do insumo devem subir. Segundo Mello, o potássio subiu muito pouco nos últimos meses, mas o mercado se prepara para uma possível alta moderada a partir de março ou abril.
Como cerca de 75% dos fertilizantes usados no Brasil são importados, as oscilações do dólar interferem no preço, o que obriga o produtor a ficar atento ao câmbio na hora de fechar contrato. O analista da FCStone recomenda que, juntamente com a compra de adubo, seja feita a venda de parte da produção. Ele diz que, nesta temporada, muitos produtores estão aderindo ao bater, modalidade de comercialização em que é feita a troca de insumo por sacas de milho.
Mello afirma que a quebra da segunda safra do ano passado em alguns estados deixou agriculotores em dificuldades para obtenção de crédito. Isso explicaria a maior adesão agora ao barter. “Quando os agentes de mercado fazem o barter, eles acabam se sentindo mais seguros em relação a conceder a linha de crédito ao produtor ali na ponta.”