O Ministério da Agricultura anunciou nesta quinta-feira, dia 2, que a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) vai rever a metodologia dos custos de produção do café, com vistas a uma possível revisão no preço mínimo do produto. Para o governo garantir valor de referência superior ao mínimo é necessário alterar a legislação.
Em nota, o ministério ressalta que a decisão foi tomada após reunião entre a ministra Tereza Cristina, o secretário-executivo Marcos Montes; do secretário de política agrícola, Eduardo Sampaio Marques e o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento, Newton Araújo Jr.
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Colheita do café começa com preço perto do menor nível em 13 anos
Entenda o caso
O preço do café na Bolsa de Nova York trabalha nos piores valores dos últimos 13 anos. Para Rodrigo Costa, analista de mercado da Comexim, não há expectativas de melhoras no valores. “Por enquanto não há nada no radar que indique uma melhora nos preços. Basicamente no mercado há uma indicação que existe uma disponibilidade grande do grão em diversos países produtores do mundo, desta forma os agentes não veem nenhuma urgência em entrar no mercado agora para sustentar as cotações”, afirma.
Diante desse cenário de baixas cotações, a secretária de Agricultura de Minas Gerais, Ana Maria Valentini, enviou um ofício à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pedindo que o governo promova a intermediação junto aos agentes financeiros para a negociação de prazos para o pagamento de financiamentos e o lançamento de um contrato de opção de venda para o café.
Em março, o governo reajustou os preços mínimos do café para a safra 2019/2020. O valor do café arábica passou de R$ 341,21 por saca para R$ 362,53, alta de 6,25%. Já o café conilon saiu de R$ 202,19 para R$ 210,13, elevação de 3,93%.