A organização da Expointer 2016 termina os últimos ajustes para a abertura oficial do evento, programada para este sábado, dia 27, em Esteio, no Rio Grande do Sul. A equipe do Canal Rural foi uma das primeiras a chegar ao local, já de olho no que vem de mais interessante nos próximos dias.
Apesar de muitas estruturas ainda estarem em processo de montagem, a área que abriga os animais de corte já está praticamente completa. Criadores e seus funcionários passam dia e noite no Parque Assis Brasil. Segundo o cuidador Euneri Pedro Barreto, da fazenda Santa Inês, de São Francisco de Paula (RS), a atual estrutura é exemplar em relação às edições mais antigas.
“Eu participei pela primeira vez lá em 1959, quando eu tinha 13 anos. Naquela época a gente dormia aqui, junto com os bichos e a estrutura nem se comparava. O pessoal que cuida de gado da mesma raça que a gente, no meu caso é o Devon, fica alojado no mesmo ambiente. São cinco beliches em cada quarto”, disse o experiente tratador.
Barreto, no entanto, não fica junto com os outros profissionais, já que é um velho conhecido no evento e tem alojamento fixo.
Rotina
A rotina com os bovinos de corte começa logo cedo, quando a maioria dos criadores providencia a limpeza dos espaços e dá banho em cada um dos animais. “Isso aqui é uma vitrine. Eles precisam estar bonitos o tempo todo”, disse o responsável pelo cuidado do gado das fazendas Iviretã e Querência, de São Borja (RS).
Durante o dia, a tarefa é manter o local de alojamento limpo e saudável. Por isso, a todo instante tem alguém removendo a areia suja e renovando com areia nova. “Antigamente, isso aqui era tudo com feno, mas hoje é areia e é muito mais fácil”, conta Barreto. Durante o dia, os funcionários vão se revezando nos cuidados com os protagonistas do evento.
Na hora do almoço, os criadores aproveitam o espaço para fazer o tradicional churrasco gaúcho. É possível ver várias churrasqueiras espalhadas pelo recinto, utilizado pelos criadores e funcionários como lar durante toda a semana.
O dia para os animais de corte termina com uma tradicional caminhada pelo campo, que fica ao lado do local de descanso do gado. Segundo os criadores, é fundamental que os animais – que passam facilmente de uma tonelada – possam caminhar para evitar desgaste e dores nas articulações.