Na década de 1960, a Coreia do Sul desenvolveu tecnologia e estratégias para produzir alimentos durante o ano todo – mesmo sob invernos rigorosos, que atingem temperaturas negativas. Essa conquista ficou conhecida como Revolução Branca e, desde então, o consumo per capita de vegetais no país asiático saltou de apenas 50 quilos em 1965 para 150 quilos por ano, em 2013.
Os sul-coreanos alcançaram a autossuficiência em produtos como o arroz nos anos 1990. De acordo com o Ministério da Agricultura local, o plantio do cereal atingiu 35 mil hectares no ano passado. A expansão do cultivo protegido, incentivada por políticas públicas, permite que lá sejam produzidas hortaliças com alta qualidade, segmento em que o país também é independente. Em 2013, o país era o segundo do mundo em áreas de cultivo em estufa, com mais de 50 mil hectares, atrás apenas da China.
Economicamente, a agropecuária não significa lá grande coisa para a Coreia do Sul: a atividade é responsável por 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. As terras aráveis representam 15,3% do território, enquanto que culturas permanentes e pastagens ocupam 2,2% e 0,6%, respectivamente. A área agricultável chega a 18 mil km².
De acordo com a Agência Central de Inteligência do governo americano (CIA, em inglês), cerca 2,5 milhões de sul-coreanos se dedicam aos trabalhos no campo – ou 4,9% da população, estimada em 51,2 milhões de pessoas. No país, são produzidos principalmente arroz, tubérculos, cevada, legumes e frutas.
Criação de animais
Quando o assunto é pecuária, o destaque fica com a produção de carne de frango. De acordo com o Ministério da Agricultura da Coreia do Sul, são 170 milhões de cabeças, espalhadas em 3.000 propriedades rurais. A suinocultura, por sua vez, divide-se em 46 mil fazendas, que juntas totalizam 10 milhões de cabeças. Na sequência, estão a criação de patos (oito milhões de cabeças), bois (três milhões) e vacas (400 mil).
Pequena no tamanho e grande em qualidade
Desenvolvimento tecnológico é definitivamente o forte dos sul-coreanos, que movimentaram cerca de US$ 552 bilhões no ano passado com a exportação de semicondutores, automóveis, navios, aparelhos de comunicação sem fio, computadores, entre outros. Talvez por isso a agricultura local seja tão amparada por recursos de mecanização e avançadas tecnologias de pós-colheita, para reduzir perdas no armazenamento e estender a vida útil dos alimentos.
Importação de grãos
Dos cinco produtos brasileiros mais adquiridos pelo país asiático, três são do agro: bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja; milho em grão; e soja (inclusive triturada). Além disso, também vendemos carne de frango, etanol, celulose, algodão e café.
Esta é décima Copa do Mundo da qual a Coreia do Sul participa, sendo que a primeira foi em 1954, na Suíça. Atualmente, a seleção ocupa a 57ª no ranking da Fifa.
Na última copa, realizada no Brasil em 2014, os asiáticos caíram ainda na fase de grupos, com duas derrotas contra Argélia e Bélgica e um empate frente à Rússia.
Apesar disso, a seleção já demonstrou qualidade para ser o azarão da competição. Em 2002, sob o comando do técnico holandês Guus Hiddink, o time eliminou dois gigantes do futebol mundial. Os italianos da Azzurra ficaram para trás nas oitavas de final, com gols de Seol Ki-hyeon e Ahn Jung-hwan. A seleção espanhola, La Furia, tombou nos pênaltis na rodada seguinte. Com as derrotas para a Alemanha nas semifinais e para a Turquia na disputa pelo terceiro lugar, os coreanos acabaram em quarto lugar – o mais longe que chegaram até agora.
A grande estrela dos Guerreiros de Taeguk, como ficaram conhecidos depois dessa campanha histórica, é Ki Sung-Yueng. O meio-campista talentoso já participou de três copas e carregará a braçadeira de capitão em solo russo.