Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Criadores de angus criticam pedido do Paraná para suspensão da vacinação contra aftosa

Segundo Associação Brasileira de Angus, medida pode, por exemplo, inviabilizar a reposição de rebanhos no EstadoO pedido do Paraná ao Ministério da Agricultura para a suspensão da vacinação de rebanhos bovinos contra febre aftosa não agradou a Associação Brasileira de Angus (ABA). O temor da entidade é que a falta de imunização torne a região uma porta de entrada para o vírus no Brasil.

Fonte: Prefeitura de Duque de Caxias (RJ)

Segundo o presidente da ABA, José Roberto Pires Weber, a fronteira do Estado com o Paraguai é um perigo concreto tendo em vista que o controle da epizootia naquele país não segue o mesmo rigor do Brasil. A associação acredita que a medida pode comprometer a sanidade do rebanho e a própria atividade agropecuária.

– A decisão sobre a suspensão da vacinação em um determinado estado não pode ser tomada de modo isolado. É uma medida que impõe riscos a diversas outras regiões do Brasil e, por isso, deve ser debatida a fundo com o setor – pontua Weber.

• Campanha contra aftosa deve imunizar 13 milhões de cabeças em Mato Grosso

Na visão dos criadores de angus, a suspensão da imunização não deve trazer ganho econômico expressivo aos pecuaristas.

– A iminente abertura do mercado norte-americano e chinês para os cortes nacionais é prova de que há expansão de vendas mesmo com o status de zona livre de aftosa com vacinação – reforça o gerente Nacional do Programa Carne Angus, Fábio Medeiros.

Outro ponto de preocupação é os problemas de sustentabilidade no rebanho, uma vez que o Paraná não é autossuficiente na produção de bezerros. Nesse caso, as aquisições de Estados como Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul ficariam inviabilizadas. Segundo a Sociedade Rural de Maringá (PR), o déficit paranaense de bezerros é superior a 200 mil por ano.

• Febre Aftosa: vacinação de bovinos e bubalinos começa neste dia 1º em São Paulo 

Segundo o presidente da ABA, o mais apropriado seria unir secretários de Estados e lideranças dos ministérios de Agricultura dos países da América Latina para discutir propostas conjuntas que busquem a erradicação da febre aftosa de forma continental.  A proposta associação é trabalhar para construir, no futuro, uma zona livre de aftosa que integre MS, SP, PR, SC e RS, além de Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile.

Um modelo nesse sentido vem sendo alinhado há anos pelo Panaftosa, mas, na prática, garante Weber muito pouco foi implementado.

– O que acontece é que os países adotam suas próprias medidas e, às vezes, nem as adotam, e fica tudo por isso mesmo. Para isso, a defesa agropecuária tem que ser vista como uma prioridade, assim como as políticas efetivas de controle de fronteira – salienta José Roberto Pires Weber.

Edição: Rikardy Tooge

Sair da versão mobile