As principais regiões produtores e as safras mostram plena recuperação após as chuvas de junho no Cinturão de Grãos dos Estados Unidos. O clima pode mudar a qualquer momento, mas se as boas condições continuarem será importante observar o movimento dos fundos antes do relatório do Departamento de Agricultura norte-americano (USDA), já que eles estão comprados em posições recordes. As informações são do boletim desta sexta, dia 24, AGR Brasil.
O movimento dos preços pré-relatório depende da estratégia dos fundos, aponta a consultoria. Existem duas estratégias que podem ser colocadas em prática: optar por um relatório baixista e continuar com as posições, dando sustento e até mesmo puxando preços para cima; ou a desistência destas posições por parte dos fundos, lembrando que eles chegaram a quase 200 mil contratos comprados no milho e 80 mil contratos comprados na soja.
O clima vai dizer muito nos próximos dias, mas as condições se mantém boas e o mercado vai cada vez mais prestar atenção na demanda dos EUA. Conforme a AGR, as vendas da safra nova de soja dos EUA estão muito baixas e bem atrás do ritmo de vendas do ano passado.
– O mercado estava muito focado no clima e “esqueceu” de olhar para a demanda. Com a normalização do clima, as atenções se voltam agora para as vendas – diz o boletim.
Notícias Relacionadas
No lado das exportações, os EUA caminham bem abaixo dos últimos anos. A demanda pelo produto norte-americano está sendo reduzida, mas a demanda global continua forte e deverá aumentar em 2015/2016. Com os preços da Bolsa de Chicago (CBOT) em patamares elevados, o produto “importado” de outros países torna-se mais barato.
O Brasil também tem aproveitado preços mais competitivos. A China comprou até aqui 2,5 mil toneladas de soja da safra nova norte-americana, o que corresponde a apenas 10% do total de compras chinesas de soja dos EUA atualmente, segundo estimativa do USDA. Este é o menor ritmo de compras chinesas de soja da safra nova norte-americana fechadas nesta época do ano dos últimos nove anos.
Preços
Para a AGR Brasil, a volatilidade deve continuar nas próximas duas semanas. Os dados de condição de safra dos EUA serão divulgados na próxima segunda, dia 27, e a tendência é de que os números venham melhores.
