Segundo representantes do setor agropecuário, o custo da cabotagem afeta a competitividade da cadeia produtiva nacional. Embora durante audiência não tenham sido abordados valores monetários do processo, a reunião comparou o custo brasileiro com dois concorrentes do país, Estados Unidos e Argentina. O custo de transporte nesses dois países é sete vezes menor.
Um trabalho elaborado pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), apresentado na audiência, oferece sugestões para garantir despesas menores com a cabotagem. Entre as propostas estão: desonerar os investimentos em portos e sistema de navegação; diminuir a burocracia para a importação de navios novos e usados; e extinguir o Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercado (AFRMM).
Segundo a CNA, em 2014 houve um déficit de capacidade de embarque de grãos na ordem de 64 milhões de toneladas, aos quais se somam os incrementos anuais de demanda entre 3 e 5 milhões/t.
– Se conseguirmos construir cinco milhões de capacidade de despacho a cada ano, levaremos entre 18 e 20 anos para equilibrar a demanda com a oferta de terminais de exportação – afirma a CNA, em apresentação.
Participaram do encontro o secretário de Políticas Portuárias da presidência da República, Fábio Lavor Teixeira; assessor especial da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Ronalt Vieira; capitão de Mar e Guerra, Mauro José Rocha de Araújo, da diretoria de Portos e Costa da Marinha; e o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando José de Pádua Costa Fonseca.