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Etanol ajuda a equilibrar os custos da pecuária em Mato Grosso

Além de agregar mais valor ao grão, o processamento para geração do combustível gera subprodutos como o DDG, que é um resíduo da produção e pode ser usado na alimentação animal

O programa Mais Milho deste sábado, dia 16, visita a primeira usina do Brasil a fabricar etanol 100% produzido do milho. A FS Bioenergia, localizada em Lucas do Rio Verde (MMT) foi recebida no estado como um marco, uma linha divisória no processamento do combustível. 

Parceria entre as empresas Fiagril e a norte-americana Summit Agricultural Group, a indústria full vai utilizar o grão como matéria prima não só na fabricação do etanol mas também para produção de co-produtos como DDG, que significa grãos secos por destilação na sigla em inglês, e o farelo de milho utilizado na ração animal.

Inaugurada em agosto deste ano, a planta já nasceu com uma capacidade para processar 600 mil toneladas de milho por ano e fabricar 240 milhões de litros de etanol. “Se nós pegarmos mil quilos de milho, isto equivale a 420 litros de etanol. Um negócio altamente viável que vai favorecer toda cadeia, principalmente o produtor rural que terá sua produção absorvida pelo mercado”, relata Henrique Ubrig, CEO da FS Bioenergia.

Para o produtor rural Roberto Kempf, que vende o milho para a usina e compra farelo para alimentar o gado da sua propriedade, esta é mais uma opção de venda e possibilidade para equilibrar tanto a cadeia do milho quanto da pecuária.

“Eu  já negociei parte desta minha safra de milho fixando o preço a R$ 18 e o meu custo com a pecuária diminuiu. O DDG é uma proteína de baixo custo e muito útil no trato do gado”, comemora Kempf.

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