Os 228 empreendimentos que estão expondo no Pavilhão da Agricultura Familiar desta Expointer, que se encerra neste domingo, 12, carregam estatísticas interessantes sobre empoderamento feminino, sucessão rural e métodos alternativos de manejo de produção. São 90 empreendimentos comandados por mulheres; 48 comandados por jovens; e 22 expositores que vendem orgânicos.
Franciele Bellé, de Antônio Prado, personifica os três tipos de empreendimento: a jovem de 27 anos está à frente da agroindústria da família, de sucos, bebidas, conservas, molhos e extratos orgânicos, há quase 10 anos. “Estivemos na inauguração do Pavilhão da Agricultura Familiar, em 1999. Eu tinha quatro anos e me lembro de brincar de escorregar na lama, já que chove em toda Expointer”, relembra, rindo.
Polpas de frutas nativas como guabirova, araçá e butiá, além de temperos à base de PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais), são alguns dos produtos diferentes que a agroindústria elabora. E tudo com produção 100% orgânica. “A gente está com uma oferta reduzida aqui na Expointer porque a gente vem de um ano muito positivo, em que praticamente todo o nosso estoque já não existe mais”, comemora.
A produtora acredita que a realização da Expointer marca um momento de retomada também para os agricultores familiares. “Essa volta é de extrema importância para que outros movimentos da agricultura familiar possam acontecer, pois dependemos das feiras. Mostra que é possível retomar os eventos com segurança para todos”, avalia.