Faltando 23 dias da abertura dos portões, a Expointer foi lançada nesta sexta-deira, dia 5. Durante o evento, os organizadores anunciaram que a expectativa de faturamento é a mesma do ano passado: R$ 1,7 bilhão. Isso porque as máquinas agrícolas e tratores vão ficar até 10% mais caros, o que motivaria muitos produtores a adquirir os modelos atuais, com preços mais acessíveis.
Esta será a 39a edição da Expointer, considerada uma das maiores feiras agropecuárias da América Latina. Ela acontece de 27 de agosto e 4 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Como nas edições anteriores, o evento reúne o melhor da genética, maquinário e tecnologias para o produtor rural.
Neste ano, a feira recebe mais de 4.000 animais de 156 raças. Mais de 2.000 expositores vão estar no parque, segundo a Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul. O Pavilhão da Agroindústria Familiar, que apresentou bom desempenho no ano passado, deve faturar R$ 2,4 milhões.
O secretário de Agricultura do estado, Ernani Polo, diz que a feira vai ser um desafio por causa do momento econômico e que não espera incremento nas vendas. “A gente vem acompanhando outras feiras do agro que aconteceram durante o ano. Acredito que, se ficarmos no patamar do ano passado, já será um resultado positivo”, diz ele.
Apesar da possível resistência à compra dos novos lançamentos, o setor de máquinas e implementos agrícolas, responsável por grande parte do faturamento da Expointer, está otimista. A mudança obrigatória no modelo do motor dos tratores deve aumentar a procura pelos modelos atuais, em função do preço mais acessível em relação ao das novidades.
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A partir de 2017, todas as máquinas devem sair de fábrica já com o motor euro. A nova tecnologia, que já é utilizada na Europa, deve encarecer o valor dos tratores e colheitadeiras em 10%. O novo modelo promete ser mais moderno, além de poluir menos.
“Vai acontecer com os tratores o que aconteceu com os caminhões. As fábricas de trator estão se preparando para isso. Estamos trabalhando bastante, produzindo estoque para ter os tratores e colheitadeiras com o novo motor para vender até o final do ano”, diz Cláudio Bier, presidente do Simers (Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul).
O Parque Assis Brasil recebeu investimentos. Foram feitas reformas no Pavilhão de Gado Leiteiro e um lavatório para cavalos foi construído. Além de adequações ao PPCI (Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio). Nos últimos três anos, o governo estadual fez uma economia de R$ 500 mil reais, o que ajudou a garantir as melhorias.
“Nós estamos passando de R$ 2 milhões de investimentos com reformas. Nos dias de hoje, é bastante volume.”, diz Sérgio Bandoca, subsecretário do Parque Assis Brasil.
