Faltando menos de dois meses para o início da colheita da safra de milho no interior de São Paulo, os produtores estão preocupados com a falta de chuva, que prejudicaram o desenvolvimento das espigas em muitas propriedades. Para o produtor rural Clemente José dos Santos,de Mogi Guaçu, a expectativa de quebra é de até 30% em sua propriedade de 50 hectares.
“Eu acho que quebra de uns 20% a 30% se essa chuva não vier rapidinho, já durante essa semana, para socorrer esse enchimento de grão. Sempre que chove, cai cerca de 10 milímetros e demora de 6 a 8 dias pra vir uma nova chuva. Nós precisamos de mais”, disse o produtor.
A angústia de Clemente é compartilhada por outros agricultores, como Fernando Roberto Machado, que espera uma ajuda dos céus para não ter um prejuízo tão grande. “Se chover, conseguiremos recuperar de 70% a 80%”, falou.
A safra na região será colhida no final de março e, o que não crescer até lá, será deixado para trás. De acordo com o agrônomo Antonio Carlos Bertoloci, no entanto, nem tudo está perdido e existe tempo para recuperação. “O milho nesta fase, mais atrasado, ainda vai produzir normalmente se a chuva continuar regular. Agora, nessa fase de pré-pendoamento, pendoamento, granação e enchimento do grão precisa ter a chuva na quantidade ideal e sempre regularizada.”