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Fórum Mais Milho discute como equilibrar preço do grão

Representantes do Ministério da Agricultura e dos governos dos estados do Sul do Brasil falaram sobre a questão da logística, armazenamento e demanda

Fonte: Canal Rural

O secretário de Política Agrícola, Neri Geller, falou nesta terça-feira, 13, durante o 6º Fórum Mais Milho, realizado em Chapecó (SC), sobre as ações do governo para agregar mais valor ao grão e equilibrar o preço do produto. Segundo ele, o poder público vai agir no problema de déficit de armazéns e ajudar o produtor a vender na hora mais interessante.

“A taxa de juro que reduziu de 8,5% para 6,5% para que a gente possa carregar parte do estoque para abastecer a agroindústria brasileira, tendo em vista que nós ainda consumimos internamente de 65% a 70% da produção de milho. O Brasil, no entanto, avança a passos largos se consolidando como um grande exportador de milho no mundo”, disse Geller.

O evento que aconteceu em Santa Catarina reuniu os secretários de agricultura dos três estados do Sul do Brasil: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entre eles, apenas o Paraná é autossuficiente na produção do grão e, com uma safra esperada de mais de 18 milhões de toneladas, o consumo das agroindústrias paranaenses deve ficar em torno de 13 milhões de toneladas ao ano, fazendo com que o excedente da produção abasteça outros estados e o mercado externo.

Infraestrutura

Os três estados concordam que criar mecanismos de garantia de venda futura, melhorar a logística e diminuir o valor do frete do escoamento do grão para outras regiões do Brasil. Esses são vistos como os caminhos para equilibrar os preços do milho com a oferta e demanda, evitando oscilações de preços.

“Nós de Santa Catarina estamos com um programa para incentivar o plantio de milho, tentando junto com as agroindústrias estabelecer um preço mínimo, um valor que o produtor já possa fazer uma venda antecipada sabendo quanto que ele vai receber. Agora é a hora que o produtor está decidindo ou já decidiu o que ele vai plantar”, disse o secretário de agricultura de Santa Catarina, Moacir Sopelsa, que defendeu uma parceria entre os estados para diminuir os custos sobre a produção.

“A função da infraestrutura é dos governos e, enquanto você não tiver essa segurança do transporte e armazenagem, o Mato Grosso vai continuar vendendo milho a R$15 ou R$ 16 e nós vamos ter que pagar até R$ 40, dependendo da safra que estamos produzindo. Essa parceria precisa ser construída”, disse Sopelsa.

Para Neri Geller, mudar a maneira de transportar o milho pode ser a solução. “Trazer o nosso milho por ferrovias ou por hidrovia vai baratear o custo do frete em cerca de 20% ou até 30%. Esse é um foco que os parlamentares e a iniciativa privada precisam ter, para fazer um investimento para interligar todo o país, o que vai ser bom para a produção do Sul, para Mato Grosso e para toda a economia nacional”, disse.

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