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Graças ao dólar, Brasil pode se tornar maior produtor de soja em 2016/2017

AGR Brasil afirma que graças ao dólar, Brasil pode liderar produção iniciada em setembro de 2016

Fonte: Divulgação/Reuters

A expectativa de produção na safra 2013/2014 no Brasil chegou a ser superior a 90 milhões de toneladas – mas um veranico durante janeiro e fevereiro, assim como uma recuperação de última hora da safra norte-americana deixaram o país com 86 milhões de toneladas de produção contra 91 milhões dos Estados Unidos. A forte demanda para a soja norte-americana na época levou estoques nos EUA para apenas 2,5 milhões de toneladas, levando preços para próximo aos US$ 15,00 por bushel em Chicago e incentivando o produtor americano a plantar áreas recordes no país, lembra a consultoria AGR Brasil em seu relatório diário nesta sexta, dia 14.

“A intensa valorização do dólar nos últimos meses vem prejudicando a competitividade do produtor norte-americano, enquanto ajuda outros produtores globais, principalmente no Brasil. A recente sequência de grandes safras colhidas em ambos hemisférios e a redução do ritmo de crescimento da demanda global pela oleaginosa, estoques regionais e globais estão nos maiores níveis da história. Isto traz baixa nos preços internacionais”, diz a AGR.

Assim, a consultoria lembra que o produtor brasileiro tem o efeito dólar a seu favor, podendo negociar a preços 30% ou mais acima dos preços recebidos pelo produtor norte americano. “Existe uma fortíssima correlação entre a cotação do dólar na metade de agosto e a variação da área de plantio de soja no Brasil.”  A consequência de tudo isto, na análise da AGR, é a “continuação de forte expansão de área para a oleaginosa no Brasil e possível forte retração de área de soja nos EUA na safra 2016/2017”. A combinação destes fatores pode fazer com que produtores brasileiros semeiem entre 33 e 35 milhões de hectares nos próximos dois anos, enquanto produtores norte-americanos podem reduzir sua área para 30, 32 milhões de hectares na safra 2016/2017. 

FECHAMENTO
Hoje, o contrato de soja com vencimento em novembro registrou baixa de 11 pontos, a US$ 9,16; milho/dezembro ficou estável em US$ 3,76 e trigo/dezembro teve alta de dois pontos, a US$ 5,11.

Conexão Chicago
Toda segunda, às 19h, no Rural Notícias, Pedro Dejneka tira dúvidas enviadas pelo público. Você pode enviar sua pergunta sobre preços e tendências pela fanpage do Canal Rural, pelo WhatsApp (11) 98524-0073 ou através do Fale Conosco do site. Saiba como obter o relatório diário da AGR Brasil no site da consultoria.

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