Lideranças do agronegócio cobram investimento em infraestrutura

Na Abertura Oficial da Colheita da Soja, em Cristalina (GO), a situação das rodovias, a qualidade da energia elétrica e a segurança no campo foram temas discutidos

Durante as comemorações da Abertura Oficial da Colheita da Soja, as lideranças do agronegócio brasileiro também discutiram temas que afeta a produção agropecuária do país, como a infraestrutura e o seguro rural. A segurança no campo foi outro item que tem preocupado os agricultores.

– Nós temos notícias de quadrilhas que invadem propriedades e fazem barbáries com os produtores, roubando pertences e defensivos agrícolas. Aí você precisa do produto para trabalhar – comenta o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Paraná (Aprosoja-PR), José Sismeiro.

Outro tema muito importante para os produtores de Goiás é a qualidade da energia elétrica. Para a Federação da Agricultura e Pecuária do estado (Sistema Faeg), esta deficiência está prejudicando o desenvolvimento do setor.

– A companhia energética de Goiás não vem investindo e nós vemos pessoas com vontade de investir, de irrigar e não conseguem. Isso impede o crescimento – comenta o presidente do Sistema Faeg, José Mário Schreiner.

Para o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins, além da energia elétrica, as condições das estradas também está contribuindo para a redução da margem de lucro do agricultor. O dirigente cobra uma postura mais forte do governo em relação aos investimentos na área.

Seguro rural

Outra critica frequente entre os agricultores é o seguro rural. O governo federal promete R$ 1 bilhão para a subvenção do serviço na próxima safra. Porém, faltam R$ 250 milhões, que viriam da venda dos estoques público de milho e café. Esta negociação ainda está sendo feita entre ministérios, uma conversa entra Agricultura, Fazenda e Planejamento.

O economista da Faeg Pedro Arantes integra o grupo que discute alternativas ao seguro rural. Uma das propostas que serão encaminhadas ao governo é o aumento do percentual de cobertura das apólices.

– Nós estamos preocupados com a atual taxa (de 45%) porque tem regiões que o risco é tão grande que não vale a pena. Nós queremos uma taxa de 50%, para garantir a cobertura do Centro-Oeste – explica Arantes.

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