A possibilidade de migração da buva, planta daninha de difícil controle, para o Norte é um fator de preocupação para a cadeia produtiva da soja. O assunto foi debatido nesta quarta, dia 5, durante o evento I2X Talks, em Campinas (SP).
Pedro Christoffoleti, professor sênior da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), enfatiza que a praga apresenta, normalmente, uma germinação estimulada por temperaturas mais amenas, entre 22ºC e 23ºC, sendo comum em lavouras das regiões Sul e Sudeste.
“A possibilidade de uma migração para o Norte pode não ser tão importante, embora testes de fluxo tenham mostrado que a germinação da buva sofreu mudanças. Antes, ela ocorria entre julho e setembro. Hoje, já ocorre entre dezembro a fevereiro, que apresentam temperaturas maiores”, afirma.
Diretor de Conhecimento do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), Anderson Cavenaghi ressalta que em Mato Grosso a planta daninha tem aparecido no processo de dessecação da soja, a exemplo da incidência do capim-amargoso. “Por isso é importante que haja um devido controle para evitar que ela migre para outras regiões”, pontua.
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