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Mato Grosso

Milho: comercialização em Mato Grosso segue em ritmo lento

As vendas de milho das safras 2021/22 e 2022/23 em Mato Grosso chegaram a 78,48% e 16,5%, respectivamente, no mês de setembro

As vendas do milho colhido na safra 2021/22 avançaram no mês de setembro e chegaram a 78,48%. Contudo, seguem em ritmo lento comparado à média histórica para o período nos últimos cinco anos de 89,59%.

Os números são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgados nesta segunda-feira (10).

Ao se comparar com a safra 2020/21 o ritmo das vendas também é menor. Em setembro de 2021 já haviam sido comercializadas 89,21% da produção.

Entre os motivos para os passos da comercialização do ciclo 2021/22 estarem mais lentos está a expectativa de preços melhores.

“A média comercializada em setembro foi de R$ 66,03 sacas no estado, o que representa um aumento de 3,50% em relação ao mês anterior, reflexo do incremento de 7,48% na cotação do contrato corrente do milho em Chicago e a valorização do real frente ao dólar”, traz o Imea.

Desempenho semelhante, segundo o Imea, é visto também com a safra 2022/23. Até setembro 16,5% da produção que ainda será plantada já estava comercializada. Percentual abaixo da média histórica dos últimos cinco anos de 32,86%. Nesta mesma época a safra 2021/22 já tinha 32,8% da produção vendida antecipadamente.

Exportações de milho crescem 45% nesta temporada

Se por um lado os produtores mato-grossenses estão mais cautelosos na hora de vender o milho, a demanda segue bastante aquecida, em especial no mercado internacional.

De acordo com o Imea, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério da Economia, o volume exportado acumulado até o momento da temporada (julho a setembro) foi de 10,41 milhões de toneladas. O que significa 45,38% a mais em relação ao mesmo período em 2021.

Os principais países que auxiliaram para tal resultado, conforme o Imea, foram o Irã, a Espanha, a Colômbia e o Egito, com 14,99%, 12,47%, 10,17% e 8,30% de participação, respectivamente.

“A Colômbia demandou 1,05 milhão de tonelada, alta de 124,35%, e subiu de quarto para terceiro maior demandante. Já o Egito importou 864,38 mil toneladas, adição de 108,96%,
passando de quinto para quarto colocado. Quem perdeu espaço nos envios foi o Japão, que apesar da alta de 1,68%, passou de terceiro para quinto colocado”, pontua o Imea.

 

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