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Milho

Milho: bom ritmo de exportações sustenta preços no Brasil

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Foto: Sistema Famasul

Os preços internos do milho ficaram firmes nesta terça-feira, dia 27. Segundo o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari, o mercado paulista foi o mais valorizado. “De uma forma geral, o movimento de exportação segue bom, aliviando a pressão da oferta interna”, disse.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

Chicago

A Bolsa de de Chicago para o milho fechou com preços mistos, próximos da estabilidade. Durante boa parte do dia, o mercado tentou uma recuperação técnica frente às perdas da sessão anterior. As dúvidas quanto a um acordo entre Estados Unidos e China contribuíram para a pressão negativa no fim da sessão.

Com a colheita praticamente encaminhada nos EUA, as atenções agora se voltam para o clima na América do Sul. O mercado também foca as na reunião da cúpula do G-20, que ocorre na sexta-feira e no sábado, na Argentina.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até 25 de novembro, a área colhida estava em 94%. Em igual período do ano passado o número era de 94%. A média para os últimos cinco anos é de 96%. Na semana anterior, o percentual era de 90 pontos.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Dezembro/2018: US$ 3,68 (0,50 cent)
  • Março/2019: US$ 3,75 (estável)

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a terça-feira com preços em alta de quase 1,5%. Após duas sessões de baixa e com a queda de mais de 2% na segunda, o mercado se recuperou tecnicamente.

As atenções dos operadores seguem voltadas para o encontro do G-20 neste final de semana, em Buenos Aires. O foco é a possibilidade de China e Estados Unidos alcançarem uma solução para a guerra comercial. Mas as informações não são positivas e reforçam o ceticismo. Quatro dias antes de uma cúpula com o líder chinês, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que espera avançar com o aumento de 25% sobre as tarifas a US$ 200 bilhões de bens produzidos por Pequim, afirmando que é “altamente improvável” que ele aceite o pedido de para conter o aumento das sobretaxas.

Em uma entrevista ao The Wall Street Journal, Trump disse que se as negociações não derem certo, ele também vai impor tarifas sobre o restante das importações chinesas que atualmente não estão sujeitas a impostos. “Se não fizermos um acordo, vou impor tarifas sobre os US$ 267 bilhões adicionais”, a uma taxa de 10% ou 25%, afirmou Trump.

O USDA divulgou na segunda-feira o relatório sobre a evolução colheita das lavouras de soja. Até 25 de novembro, a área colhida estava apontada em 94%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 99%. A média é de 98%. Na semana passada, o percentual era de 91 pontos.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Janeiro/2019: US$ 8,75 (+13,25 cents)
  • Março/2019: US$ 8,89 (+13 cents)

Brasil

A alta das cotações futuras em Chicago garantiu a melhora dos preços domésticos da soja em algumas regiões. Com isso, houve melhora no volume de negócios no Paraná. Também houve registro de operações no Rio Grande do Sul.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 80
  • Cascavel (PR): R$ 76,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 70
  • Dourados (MS): R$ 75
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 83
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 83
  • Confira mais cotações

Café

O mercado interno teve um dia de preços mais altos, refletindo a valorização das cotações futuras em Nova York. Os produtores ainda seguem retraídos, no entanto, aguardando preços melhores, e permaneceram focados na entrega de contratos futuros.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 445 a R$ 450
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 450 a R$ 455
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 375 a R$ 380
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 327 a R$ 333
  • Confira mais cotações

 Nova York

O café arábica encerrou as operações com cotações em forte alta. O real mais forte frente ao dólar estimulou cobertura de posições vendidas nos futuros do café arábica.

Na segunda-feira, as cotações caíram para mínimas de um mês e meio depois que o real caiu para mínima também de um mês e meio contra o dólar, o que incentiva os produtores brasileiros a incrementarem as exportações.

As ofertas seguem abundantes, com os estoques certificados da Ice Futures atingindo máximas de quatro anos na última segunda-feira, a 2,459 milhões de sacas. Também, chuvas amplas no estado de Minas Gerais, principal região produtora de café arábica do Brasil, devem beneficiar a produtividade, com a Somar Meteorologia reportando precipitações de 96,2 milímetros na semana passada, ou 147% da média histórica.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US$c 113,30 (+2,50 cents)

Londres

A Bolsa de Londres para o café robusta encerrou as operações da terça-feira com preços em leve alta, acompanhando a valorização do arábica em Nova York.

Chuvas estão atrasando a colheita da safra no Vietnã, maior produtor mundial de café robusta. Dados da Associação de Café e Cacau do Vietnã (Vicofa) apontaram que 35% da safra estava colhida até 20 de novembro, abaixo dos 45% vistos no mesmo período do ano passado.

Os contratos para janeiro/2019 fecharam o dia a US$ 1.645 por tonelada, com alta de US$ 8 a tonelada, ou de 0,48%. Março/2019 fechou a US$ 1.647 a tonelada, com alta de US$ 7 a tonelada, ou de 0,42%.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

  • Janeiro/2019: US$ 1.645 (+US$ 8)
  • Março/2019: US$ 1.647 (+US$ 7)

Boi Gordo

A oferta de boiadas confinadas cada vez menor é sentida pelo mercado e não abriu espaço para desvalorizações no fechamento desta terça, pelo contrário, o cenário é de preços firmes, com alta em cinco praças.

No Norte de Minas Gerais a valorização foi de R$ 1,50 por arroba, o que significa alta de 1,0% na comparação diária, considerando os preços a prazo. Essa alta reflete a dificuldade das indústrias em adquirir matéria-prima, sendo que na região as escalas de abate giram em torno de quatro dias.

Próximo à entrada de dezembro, os frigoríficos buscam reabastecer os estoques, a fim de atender a demanda esperada para a próxima semana. Isso também colaborou para as altas nos preços.

Em São Paulo a arroba permaneceu estável frente ao último fechamento, porém, há ofertas acima da referência. As programações paulistas atendem, em média, seis dias.

A margem de comercialização das indústrias que não fazem a desossa está em 18,3%, valor acima da média histórica.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 147,50
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 142
  • Goiânia (GO): R$ 136
  • Dourados (MS): R$ 144,50
  • Mato Grosso: R$ 129 a R$ 134
  • Marabá (PA): R$ 132
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,75 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 150,50
  • Sul (TO): R$ 134,50
  • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

A atuação do Banco Central interrompeu nesta terça, dia 27, uma série de cinco altas consecutivas da moeda norte-americana. O dólar comercial fechou em queda de 1,04%, cotado a R$ 3,8768 para venda.

A atuação do BC ocorreu após a moeda norte-americana acumular valorização de 4,75% com a série de cinco altas, consolidando um aumento acumulado de 18,23% no ano. O BC realizou a venda de US$ 2 bilhões em operações com compromisso de recompra, chamados de leilões de linha.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão em alta de 2,74%, com 87.891 pontos, após registrar duas baixas consecutivas nos últimos dias. O índice BC acumulou queda ontem de 0,79%, com 85.546 pontos.


PREVISÃO DO TEMPO PARA TERÇA-FEIRA, DIA 28

Sul

A chuva se espalha pelo Sul do país. Os ventos em altitude favorecem as pancadas de chuva em todo o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e na metade sul do Paraná. Essas pancadas têm forte influência do calor e da umidade, especialmente a partir da tarde.

Já do centro ao norte do Paraná, o tempo firme ainda predomina, por conta de uma massa de ar seco que garante um dia ensolarado e com temperaturas elevadas.

Nas áreas de chuva, os períodos de sol entre a manhã e a tarde favorecem o aumento das temperaturas. A circulação dos ventos na costa da região Sul mantém os ventos com rajadas de até 60 km/h em todo o litoral gaúcho.

Sudeste

Atuação de uma massa de ar seco no interior do Sudeste, o que garante tempo firme e com predomínio de sol entre a metade oeste de São Paulo e interior de Minas Gerais.

A circulação dos ventos na costa da região favorece pancadas de chuva em todo a faixa leste da região, com pancadas enfraquecendo no Rio de Janeiro e com baixo acumulado.

O predomínio de sol entre o interior de São Paulo e Minas Gerais aumenta as temperaturas da tarde, que ficam mais elevadas do que os dias anteriores.

Centro-Oeste

Pouca mudança no tempo no centro do país. As temperaturas aumentam entre a manhã e a tarde. Combinadas à umidade do ar elevada, aumentam o risco para pancadas de chuva na maior parte da região.

Apenas na faixa leste de Goiás e de Mato Grosso do Sul, não chove por influência de uma massa de ar seco.

Nordeste

Dia de chuva perdendo força na região. O tempo firme volta a predominar no centro baiano. Nas demais áreas ainda chove, porém com volume de água menor do que em dias anteriores.

À tarde, as máximas seguem elevadas em todos os estados.

Norte

Calor e pancadas de chuva em todos os estados do norte do país. Desta vez, as pancadas mais fortes acontecem a qualquer hora do dia entre Pará, norte do Tocantins e Amapá.

Nas demais áreas, as pancadas ocorrem a partir da tarde.

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