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Milho: geada pode aumentar perdas este ano, alerta analista

Porém, segundo Vlamir Brandalizze, apesar dos problemas registrados por conta da severa estiagem que atingiu o Sul, não faltará produto no Brasil

Se confirmadas as geadas no Paraná, as perdas na produção de milho segunda podem ser maiores, aponta a Brandalizze Consulting. A segunda safra de milho paranaense foi severamente afetada pela estiagem e já deve ser 8% menor neste ciclo ante o ano anterior, projetada em 12,235 milhões de toneladas, segundo Departamento de Economia Rural (Deral).

Para o analista Vlamir Brandalizze, as perdas consolidadas por causa da seca já eram esperadas, contudo, a nova condição climática pode ser mais um problema para o produtor. “O ideal é que não ocorra geada pelo menos nas próximas quatro semanas sobre as lavouras do Paraná, senão haverá novas perdas”.

Brandalizze ressalta, ainda, que o clima está afetando a safra de milho desde o início e há um atraso no plantio da segunda safra, que normalmente chegava à segunda quinzena de maio, mas que agora chegará a junho ou julho.

Apesar das baixas na produção do grão, Brandalizze ainda reitera que não deve faltar milho no mercado devido à crise do setor sucroenergético. Segundo ele, o setor do etanol tinha uma expectativa de avanço forte desde o início do ano para o uso de milho na produção do biocombustível, mas agora com a crise do coronavírus teve uma queda na demanda. “É provável que do segmento do etanol sobre duas milhões de toneladas de milho que irão para o mercado e isso acaba dando uma amenizada no quadro”, diz o analista.