A produção de milho na safra de 2019/2020 deve atingir 97,5 milhões de toneladas, 3% abaixo da supersafra anterior, conforme Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da queda em relação à safra 2018/2019, na passagem de maio para junho, o IBGE revisou sua projeção para cima, em 0,8%.
O LSPA de junho estima uma queda de 4,7% no rendimento médio, e aumentos de 1,2% na área a ser plantada e de 1,7% na área a ser colhida. Com isso, a primeira safra de milho deve ficar com 27,4% da produção brasileira de 2020 e, a segunda safra, com 72,6%.
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Na primeira safra de milho, a produção ficou 26,7 milhões de toneladas, segundo o IBGE. O LSPA de junho elevou em 0,6% a estimativa em relação à informação do mês anterior. Houve aumento na produção do Acre (1,1%), Pernambuco (4%), Bahia (3,2%), Minas Gerais (0,3%), São Paulo (3%) e Goiás (2,6%). Assim, a primeira safra de milho teve produção 2,8% maior do que em 2019, com incrementos de 2,8% na área plantada e declínio de 1,8% no rendimento médio.
A produção só não foi maior porque “houve declínio de 26,8% na produção gaúcha, devido a uma forte estiagem, que fez com que o Rio Grande do Sul deixasse de figurar como o maior produtor de milho dessa safra, após ser ultrapassado por Minas Gerais”, diz a nota do IBGE.
Para a segunda safra, responsável pelo recorde de produção na safra 2018/2019, a estimativa da produção foi de 70,8 milhões de toneladas, crescimento de 0,9% em relação ao LSPA de maio. “Os aumentos mais significativas das estimativas da produção foram informadas por Sergipe (17% ou 108,6 mil toneladas), Minas Gerais (2,2% ou 60,4 mil toneladas), São Paulo (20,8% ou 464,7 mil toneladas) e Paraná (0,9% ou 101,8 mil toneladas)”, diz o IBGE.
Apesar da revisão para cima na passagem de maio para junho, a estimativa para a produção do milho de segunda safra apresenta declínio de 5,1% ante 2019, com queda de 5,7% no rendimento médio. “A produção brasileira de milho segunda safra, em 2019, foi recorde da série histórica do IBGE, portanto, constituindo-se em uma base de comparação elevada”, ressalta a nota do órgão.
Na comparação com a safra 2018/2019, os principais declínios de produção serão verificados no Paraná (15,3%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (9,5%) e Minas Gerais (7,7%), conforme o LSPA de junho. Na contramão, a segunda safra de milho deverá crescer 0,8% no Mato Grosso, ante a safra 2018/2019.