O milho fechou a sexta-feira, 21, com preços mais baixos na Bolsa de Chicago. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, apesar das boas vendas dos Estados Unidos, o mercado foi pressionado pela ampla oferta do grão no país.
O analista Paulo Molinari elencou fatos que merecem atenção dos produtores e investidores na semana que se inicia:
- Mercado externo tem escassez de informações positivas para a alta;
- USDA estima que área plantada nos Estados Unidos em 2020 deve ser de 94 milhões de acres (30 milhões de hectares) para o milho, informação que é baixista para a Bolsa de Chicago;
- O único dado de levamento para a intenção de plantio será apenas divulgado no dia 31 de março, e será o que o mercado levará em consideração;
- Novos surtos de coronavírus em Pequim e na Coreia do Sul seguem abalando os mercados neste momento, ainda sem sinalização de reversão do quadro epidêmico;
- Corte de chuvas para março na Argentina pode gerar alguma volatilidade em março;
- Expectativa é grande quanto à retomada de compras por parte da China por produtos norte-americanos em março;
- No mercado interno, as colheitas vão ocorrendo regionalmente, na medida suficiente apenas para abastecer o mercado e não causar excedentes baixistas;
- Preços do milho estão muito firmes em todo o Centro-Sul do Brasil;
- Chuvas, atraso na colheita da soja e concentração de embarques complicam a logística, com alta de fretes e pouca disponibilidade de espaço nos armazéns;
- Preços do milho podem voltar a subir em março, devido ao auge da colheita da soja;
- Forte corte de chuvas no Sul esperado para março pode atingir lavouras mais tardias de milho de verão e as mais precoces de “safrinha” no oeste do Paraná;
- Ausência de ofertas de bons volumes deve ser a característica do mercado em março e com preços em elevação no mercado interno.