A oferta de milho no Brasil está menor em relação a anos anteriores. De acordo com o analista de mercado Paulo Molinari, da Safras & Mercado, a situação mais grave é a de Mato Grosso, que já não tem grãos da safra 2018/2019. Agora, o país entra em um período decisivo para a formação de preços: a entrada da segunda safra, que pode ter atrasos em algumas regiões por conta do atraso no ciclo da soja.
“A precipitação é o clima de março até julho. Já há sinais de que o La Niña está se adiantando. Estava previsto para começar a partir do segundo semestre, mas agora existem indícios de que possa a influenciar o clima no mundo em abril”, comenta.
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No curto prazo
A necessidade de compra de milho às vésperas do feriado de Carnaval deve ditar o ritmo das negociações, avalia a Safras. “É uma situação costumeira. A colheita da soja já domina toda a fase da logística. Nesse período de transição, empresas estão comprando milho para se guarnecer até o começo de março, o que dá condições para um preço melhor”, diz Molinari.