O Mais Milho deste sábado mostra a relação emblemática de Santa Catarina com a cultura do milho. Potência nas cadeias da suinocultura e avicultura, o estado produz apenas metade da quantidade de grãos que consome. Uma armadilha perigosa para quem depende da ração utilizada na alimentação animal. O milho representa 70% da mistura e sem ele a roda não gira nas propriedades rurais catarinenses.
A equipe de reportagem mostra como funciona a engrenagem entre as cooperativas e os produtores rurais – um sistema de integração que favorece ambos os lados. A cooperativa fornece a ração, em contrapartida o integrado negocia a produção que será industrializada, gerando a receita que movimenta os municípios.
Em busca do milho
Ainda assim, a cadeia necessita de maior segurança para operar. Em 2016 faltou milho em função da seca no Cerrado e da variação cambial, que favoreceu a exportação. Para evitar surpresas desagradáveis, as cooperativas estão ultrapassando as divisas do estado em busca de milho mais barato nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Tanto a Aurora como a Cooperalfa já se estabeleceram em locais estratégicos com o objetivo de proteger a cadeia.
Outra alternativa que o Mais Milho destaca é a nova linha ferroviária que liga o Paraguai a Santa Catarina. O projeto que ainda não saiu do papel é o sonho de consumo das cooperativas. São apenas 400 km para trazer o milho do país vizinho utilizando um modal sabidamente mais barato.