Após atingir o valor máximo de R$ 63 por saca, o mercado do milho encerrou a semana passada com um interesse crescente de venda por parte dos produtores. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, isso já se refletiu nos preços em algumas praças, que interromperam um processo de avanço e até apresentaram declínios.
Porém, a apreensão com o clima para a segunda safra, com falta de chuvas em estados como Paraná, Mato Grosso do Sul e partes de São Paulo, garante sustentação às cotações. Para os paranaenses, a empresa já indicou que áreas terão que replantar a safra e alguns produtores, investir no trigo.
Segundo o consultor de mercado Paulo Molinari, as notícias da pandemia do coronavírus trazem preocupações em torno da demanda, do fluxo e logística de comercialização de milho. Com isso, o produtor acabou aproveitando as recentes altas para vender um pouco mais. A oferta melhorou e as cotações foram pressionadas e até recuaram em algumas praças.
Entretanto, o especialista ressalta que há graves problemas com a safrinha. “As chuvas da semana não resolveram o problema na maior parte destas regiões”. Assim, ele considera que a situação ainda é cômoda para o suporte aos preços do cereal.
No balanço da semana, o milho na base de venda em Campinas (SP) CIF subiu de R$ 60,50 para R$ 62 por saca, acumulando alta no comparativo de R$ 2,5%. Na região, o cereal atingiu valor máximo de R$ 63. Na mogiana paulista a cotação passou de R$ 57,50 para R$ 59 a saca, aumento de 2,6%.
Já em Cascavel (PR), o preço do milho na semana recuou de R$ 51 para R$ 50, baixa de 2%. Em Erechim (RS), a cotação avançou na semana na base de venda de R$ 51 para R$ 52 a saca, alta de 2,9%.
Em Uberlândia (MG), o milho permaneceu estável no comparativo semanal, ficando em R$ 54 a saca. Em Rio Verde (GO), o cereal baixou 7,4%, passando de R$ 54 para R$ 50a saca. E em Rondonópolis (MT), o milho subiu de R$ 46 para R$ 48, com elevação de 4,3%.