O mercado brasileiro do milho fechou o último pregão de maio em baixa. De acordo com a consultoria Safras & Mercdo, as cotações foram pressionadas pela pré-colheita da segunda safra e pela baixa do dólar. Na Bolsa de Chicago, a sexta-feira, 29, também foi negativa, mas por um movimento de realização de lucros, após as cotações terem atingido, no dia anterior, os maiores níveis em mais de um mês.
Quer saber para onde devem ir as cotações no começo de junho? O analista Paulo Molinari, da consultoria Safras, dá dicas do que pode mexer com o mercado do cereal nesta semana. Confira:
- Safra norte-americana segue em boas condições com 88% plantada e 70% boas a excelentes. Plantio se encerrar na próxima semana, dentro de uma janela perfeita para os potenciais de produtividade;
- Clima nas próximas duas semanas terá onda de calor e pouca chuva em todo o Meio-Oeste, o que pode gerar algum tipo de avaliação sobre o desenvolvimento das lavouras;
- Junho sugere retorno das chuvas a partir da segunda semana. Avaliação climática agora será semanal;
- Melhora da demanda de etanol nos Estados Unidos ajuda a gerar um certo ambiente menos pessimista para os preços do milho na Bolsa de Chicago;
- Ambiente e tensão entre EUA e China influencia pouco o mercado de milho global;
- Exportações dos EUA seguem sem novidades e influenciando pouco os preços locais;
- Mercado brasileiro se assusta com a valorização do real. Porto perde R$ 4 a R$ 5 por saca nos preços na semana, cedendo para R$ 45/R$ 46 na media. Às vésperas da safrinha a queda nos preços do porto influenciam diretamente a formação interna de preço no interior;
- Geadas leves ocorridas nas áreas de segunda safra sem dano à produção;
- Mato Grosso começa colheita da safrinha e já dispõe de forte pressão de venda, contrariando os números paralelos que apontam comercialização elevada de forma antecipada;
- Nota-se, claramente, forte tendência de venda pelo produtor a partir dos próximos dias e a convergência de preços para a paridade de exportação é normal daqui para frente;
- Fraca nomeação de navios nos portos para junho reflete certo pessimismo com embarques no ano e indica que o Brasil precisa se esforçar mais para atingir 30 milhões de toneladas em vendas no ano.