Milho

Milho: preço do grão sobe quase 6% em uma semana, afirma Cepea

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

Os produtores rurais seguem retraídos na hora de vender o milho, já que muitos acreditam em uma alta dos preços. Isso porque estimativas divulgadas na última semana confirmam redução da produção da segunda safra e das exportações.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Agropecuária (Cepea), na região de Campinas (SP), o indicador Esalq/BM&FBovespa avançou 5,9% em sete dias, indo a R$ 42,14 a saca na última sexta-feira, dia 10.

Já compradores com necessidades de repor estoques no curto prazo precisam elevar os valores de suas ofertas para conseguir realizar novos negócios.

Chicago 

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços mais baixos. O mercado seguiu digerindo dados divulgados na sexta-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos no relatório de oferta e demanda de agosto.

Limitando as perdas, apareceram sinais de boa demanda pelo grão norte-americano. Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 213.372 toneladas de milho ao México. Do total, 142.248 toneladas serão entregues na temporada 2018/2019 e 71.124 toneladas na temporada 2019/2020.

As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 1.261.900 toneladas na semana encerrada no dia 9 de agosto, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, haviam atingido 1.287.772 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 761.217 toneladas.

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 43
      • Paraná: R$ 37
      • Campinas (SP): R$ 44
      • Mato Grosso: R$ 28
      • Porto de Santos (SP): R$ 42
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 42
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 42
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Setembro/2018: US$ 3,56 (-1,25 cent)
      • Novembro/2018: US$ 3,70 (-1,25 cent)

Soja

O mercado brasileiro de soja teve um dia de poucos negócios e preços predominantemente mais altos. A alta combinada do dólar e de Chicago ajudou a sustentar as cotações, mas os operadores seguiram cautelosos ainda refletindo a queda acentuada da sexta em Chicago.

Exportações

As exportações de soja em grão do Brasil renderam US$ 1,073 bilhão em  agosto (10 dias úteis), com média diária de US$ 134,1 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 2,712 milhões de toneladas, com média diária de 339 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 395,60.

Na comparação entre a média diária de agosto e julho, houve uma baixa de 27,3% no valor exportado e de 26,8% no volume embarcado. O preço caiu 1%. Na comparação com agosto de 2017, houve elevação de 37,9% na receita, de 31% no volume e alta de 5,3% no preço.

Chicago

Em Chicago, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias fecharam a segunda-feira com preços em alta, revertendo as perdas iniciais, que esbarraram em 1% de desvalorização.

O mercado ainda sentiu o efeito do relatório baixista divulgado na sexta-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Mas depois de cair mais de 5%, o mercado encontrou espaço para reagir, com base na venda de 142,5 mil toneladas de soja americana para o México, anunciada na parte da manhã.

Na sexta, o mercado foi surpreendido pelos números do USDA. O Departamento elevou as suas estimativas de safra e estoques americanas e também indicou carryover mundial acima do esperado pelo mercado, o que deflagrou um movimento de vendas por parte de fundos e especuladores.

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

          • Passo Fundo (RS): R$ 82
          • Cascavel (PR): R$ 83
          • Rondonópolis (MT): R$ 76
          • Dourados (MS): R$ 79
          • Porto de Paranaguá (PR): R$ 89,50
          • Porto de Rio Grande (RS): R$ 88
          • Porto de Santos (SP): R$ 87
          • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 87
          • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

            • Setembro/2018: US$ 8,57 (+6,50 cents)
            • Novembro/2018: US$ 8,68 (+7,00 cents)

Café

O mercado brasileiro de café teve um dia de preços firmes. As cotações foram sustentadas pela valorização do dólar, apesar da queda do arábica na Bolsa de Nova York e do robusta em  Londres. O dia foi de comercialização moderada, com o cenário desfavorável das bolsas atrapalhando.

Nova York

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta segunda-feira com preços mais baixos. As cotações caíram acompanhando a desvalorização do petróleo e de outras commodities, com a alta do dólar contra o real e outras moedas pressionando o mercado.

NY acompanhou a queda generalizada das commodities, em decorrência da crise financeira na Turquia. Dezembro é a posição já mais negociada e com maior número de contratos em aberto e está abaixo da importante linha de US$ 1,10 a libra-peso.

Londres

A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou as operações da segunda-feira com preços mais baixos. As cotações caíram seguindo a desvalorização do arábica na Bolsa de Mercadorias de nova York, do petróleo e de outras commodities. A alta do dólar contra o real e outras moedas pressionou o mercado. Segundo traders, em linhas gerais, o mercado acompanhou a queda generalizada das commodities, em decorrência da crise financeira na Turquia. 

Café no mercado físico – saca de 60 kg

          • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 425 a R$ 430
          • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 430 a R$ 435
          • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 365 a R$ 375
          • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 315 a R$ 320
          • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

          • Setembro/2018: US$ 106,25(-0,75 cent)
          • Dezembro/2018: US$ 109,30(-0,75 cent)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

            • Setembro/2018: 1.667 (+US$ 7)
            • Novembro/2018: 1.624 (+US$ 14)

Boi

Mesmo com a expectativa de redução da demanda daqui para frente, devido ao período do mês, a oferta restrita de bovinos mantém o mercado com viés de alta na maioria das praças pesquisadas.

Segundo a Scot Consultoria, em Rondônia, por exemplo, o preço da arroba subiu e está, em média, em R$ 129,50, à vista, livre do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). Alta de 2% em uma semana.

A exceção fica por conta do Rio Grande do Sul, onde a oferta de boiadas permite às indústrias ofertarem preços menores. No estado, a cotação do boi gordo caiu 1,1% frente ao fechamento da semana anterior.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, o boi casado de animais castrados está cotado, em média, em R$ 9,42 o quilo, valorização de 2,3% nos últimos sete dias.

Com o cenário de oferta limitada de boiadas estabelecido, a atenção se volta para o comportamento da demanda que pode ser um limitante das valorizações.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 144
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 138
          • Goiânia (GO): R$ 132
          • Dourados (MS): R$ 136
          • Mato Grosso: R$ 125 a R$ 129
          • Marabá (PA): R$ 125
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,70 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 144
          • Sul (TO): R$ 130
          • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

A moeda norte-americana fechou o primeiro pregão da semana em alta de 0,87%, chegando a R$ 3,897 para compra e a R$ 3,898 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana, oscilou entre a mínima de R$ 3,879 e a máxima de R$ 3,930.  

O resultado tem influência externa da Turquia, que manhã desta segunda-feira, dia 13, anunciou uma injeção de US$ 6 bilhões no sistema financeiro para garantir a liquidez dos bancos e interromper a queda da lira turca em relação ao dólar. No fechamento do pregão da última sexta-feira, dia 10, o dólar já havia subido 1,59%.

O índice Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,28%, com 77.496 pontos, e o volume negociado foi de R$ 9.957 milhões. Encerrando com uma série negativa da semana passada, o índice B3 contou com a valorização de ações de empresas de grande porte, consideradas as blue chip, como Petrobras com alta de 1,94%, Vale aumentando 1,20% e Itau com valorização de 1,09%.


Previsão do tempo para terça-feira, dia 14

Sul

A passagem de uma frente fria pode levar chuvas para as áreas do sul e leste do Rio Grande do Sul, porém de forma isolada e sem acumulados expressivos. Diferente das últimas frentes frias que passaram pelo estado, esta é bastante costeira e se afasta para o oceano rapidamente, sem provocar muitos transtornos.

Entre o Paraná e Santa Catarina, o predomínio é de sol entre poucas nuvens, com nebulosidade apenas no litoral paranaense. Atenção para os ventos moderados no Rio Grande do Sul no decorrer do dia.

Sudeste

O céu fica com bastante nebulosidade no Rio de Janeiro e litoral de São Paulo, mas o tempo segue firme em toda a região. Pela manhã, a alta umidade e ventos calmos favorecem a formação de nevoeiros, que devem se dissipar logo após o nascer do sol.

Em contraste, na região do Triângulo Mineiro, a umidade relativa do ar segue baixa, podendo chegar ao estado de atenção em alguns pontos. As temperaturas aumentam, e a sensação é de calor.

Centro-Oeste

O frio recua nas áreas do sul da região, com o afastamento da massa de ar polar. O dia já começa com temperaturas mais elevadas e o predomínio é de sol ao longo da tarde.

Apesar disso, instabilidades em níveis mais altos da atmosfera, conhecidos como cavados, são responsáveis por levar pancadas de chuva para áreas ao norte do estado de Goiás. Os acumulados não devem ser muito expressivos, porém podem vir acompanhados de trovoadas.

Outras instabilidades também causam rápidas e isoladas pancadas de chuva nos extremos oeste de Mato Grosso do Sul e norte de Mato Grosso.

Nordeste

As pancadas de chuva persistem no leste da região de forma isolada. Grande parte do interior da região permanece com tempo firme, porém instabilidades que atuam no norte do país favorecem pancadas de chuva em quase todo o Maranhão.

Norte

As pancadas de chuva atuam na maior parte da região. Mais uma vez elas atingem o estado do Tocantins, onde pontualmente a chuva pode ser intensa.

Já no Amapá, o dia será marcado por poucas nuvens e não há previsão para chuva.