Sem chuvas significativas há mais de 20 dias, as lavouras de milho segunda safra no Paraná já registram perdas de produtividade. Em Juranda, os prejuízos podem ultrapassar 30% caso as precipitações não retornem nos próximos dias, segundo o engenheiro agrônomo Paulo Vinícius Demeneck Vieira.
O especialista ainda explica que as lavouras mais novas estão definindo potencial produtivo em situação de estresse, cenário que compromete o desenvolvimento da cultura. Por outro lado, as plantações em estágio de enchimento de grãos já apresentam requeima das folhas.
“Nessas áreas, as lavouras terão que encher grãos com 40% a menos de área foliar. Em 2019, tivemos várias regiões de milho com produção de até 400 sacas por alqueire, esse ano não teremos esses recordes”, afirma Vieira.
Até o momento, os produtores paranaenses semearam 90% da área estimada para a produção de safrinha, de 2,16 milhões de hectares, de acordo com levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), entidade vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). Em igual período do ano passado, cerca de 94% da área já havia sido plantada.
Em torno de 93% das plantações apresentam boas condições e 7% registram condições medianas. Em relação ao ciclo da cultura, o Deral reportou que 82% das áreas estão em desenvolvimento vegetativo, 15% em germinação e 3% em floração.