O tratamento de sementes de milho é um aliado do agricultor no decorrer da safra e esse cuidado pode evitar a proliferação de pragas na cultura e garantir economia no bolso do agricultor. O engenheiro agrônomo Daniel Augusto Gomes gerencia, em Espírito Santo do Turvo, no interior de São Paulo, 50 hectares de milho irrigado e 35 hectares de sequeiro com sementes tratadas e, segundo ele, o desafio é aumentar a produtividade.
“Nós estamos evoluindo muito nos últimos anos com as práticas de plantio direto e correção de solo, onde temos conseguido boas produtividades. Aqui, por ser considerado uma região de solo médio e algumas áreas mais arenosas, estamos visando de 120 a 130 sacas por hectare no milho”, disse.
Na última década, os índices de produtividade aumentaram, em grande parte, pelo tratamento especial que o produtor vem dando às sementes. A primeira experiência foi feita com a soja e, agora, chegou a vez do milho, que terão as sementes tratadas plantas até o final do mês. Para isso, Gomes utiliza uma máquina específica para o tratamento de sementes. “Ela é regulada e a gente vai usar do produto, já previamente escolhido, visando às pragas e doenças que queremos prevenir ou controlar em determinadas situações”, afirmou.
Segundo o engenheiro agrônomo, na área são utilizados fungicidas para melhorar a sanidade das sementes e a emergência e os inseticidas, para o controle das pragas iniciais. “Hoje, a pressão de pragas é muito grande, com diversos tipos como lagartas e percevejos que causam danos severos na cultura do milho, diminuindo a população e causando prejuízos lá na frente, pois cada planta representa uma espiga que vai ser responsável pela produtividade da área.”
Finalizado o processo, o próximo passo é distribuir 60 mil sementes por hectare. Segundo Daniel Augusto Gomes, quando não se faz o tratamento a perda de plantas por área é muito grande e pode chegar a 50%, dependendo da praga.
Já o engenheiro agrônomo André Godoy acredita que esse número possa ser um pouco menor. “Além de pragas de solo, tem os sugadores e, se não tiver o tratamento de sementes, você pode perder até 38% no milho. Além de ter o problema na parte aérea com os sugadores, vai ter o problema com raízes e mastigadores em geral”, afirmou.