Nos últimos dez anos, a produtividade da segunda safra de milho cresceu quase 33% no Brasil, conforme levantamento realizado pela Embrapa Milho e Sorgo. Na safra 2009/2010, o rendimento médio ficou em 4.163 quilos por hectare, contra os 5.508 quilos por hectare estimados no ciclo 2019/2020.

O crescimento é decorrente dos investimentos em tecnologia ao longo dos anos, com novas cultivares, melhores práticas de manejo para controle de pragas e doenças. “Dentro os inúmeros recursos que temos hoje que nos permitem cuidar de nossas lavouras e aumentar a rentabilidade, destaco o tratamento de sementes. Com ele, é possível ter plantas mais sadias, que conseguem suportar melhor os períodos de secas ou o excesso de chuvas”, destaca o gerente de marketing regional da Ihara, Thiago Pereira Rezende.

Inclusive, essa é uma das características da safrinha nesta temporada. Algumas regiões como sul de Mato Grosso do Sul, localidades do Paraná e de São Paulo sofreram com a estiagem e já registram perda de produtividade. Segundo último boletim da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a perda na produção de milho no Paraná supera os 15% em relação ao ano anterior, com a safra a 11,4 milhões de toneladas. Em Mato Grosso do Sul, a retração estimada na safra se aproxima dos 10%.

“Em Mato Grosso do Sul e em São Paulo, as chuvas do início de junho trouxeram alívio aos produtores. Entretanto, a média diária do armazenamento hídrico no solo durante a primeira quinzena de junho ainda ficou abaixo de 25% na maior parte de São Paulo, no leste e no centro norte de Mato Grosso do Sul”, reportou a Conab em seu relatório de monitoramento agrícola.