O mercado brasileiro de soja teve mais um dia de preços regionalizados e de escassos negócios nesta quarta-feira, 5, de acordo com a consultoria Safras. “Em geral, a necessidade da indústria, combinada com um quadro de escassez de oferta, tem sustentado as cotações”, diz. Em Cascavel (PR) e em Dourados (MS), houve reportes de soja spot a até R$ 120, devido à necessidade extrema de alguns compradores.
Durante o dia, o dólar permaneceu instável, Chicago recuou e os prêmios seguem firmes. “Mas o mercado se mostra descolado da paridade de exportação, devido à falta de produto”, informa.
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Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 121 para R$ 122. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 121 para R$ 122. No porto de Rio Grande, o preço baixou de R$ 126 para R$ 125.
Em Cascavel (PR), o preço aumentou de R$ 116 para R$ 117 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca passou de R$ 122 para R$ 123.
Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 120. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 118 para R$ 120. Em Rio Verde (GO), a saca baixou de R$ 115 para R$ 133,50.
Chicago
A soja fechou esta quarta-feira com preços mais baixos na Bolsa de Chicago. De acordo com a Safras, o mercado não sustentou os ganhos iniciais e voltou a cair, atingindo menores níveis desde 14 de julho.
“Inicialmente, o mercado recebeu suporte de um movimento de recuperação técnica e de uma nova venda de soja americana à China. Dessa vez, o volume ficou em 192 mil toneladas. Mas ao longo do dia o mercado voltou a ser pressionado pela perspectiva de safra cheia nos Estados Unidos, com os boletins indicando condições meteorológicas favoráveis ao desenvolvimento das lavouras. O sentimento é que a safra americana ficará acima das estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)“, diz.
As tensões geopolíticas entre China e Estados Unidos e as perspectivas de ampla oferta também no Brasil na próxima temporada completaram o cenário baixista.
Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 3,50 centavos ou 0,39% em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,76 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 8,78 por bushel, com perda de 3 centavos ou 0,34%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 1,20 ou 0,41% a US$ 290,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 31,13 centavos de dólar, alta de 0,08 centavo ou 0,25% na comparação com o fechamento anterior.