O Panamá é conhecido por abrigar uma das passagens marítimas mais importantes do mundo. Com 77 quilômetros de extensão, o canal artificial construído há cerca de cem anos liga os oceanos Atlântico e Pacífico, por meio de eclusas. Através da passagem, trafegam mercadorias vindas sobretudo da China e dos Estados Unidos, que antes precisavam viajar até o extremo da América do Sul para passar de um oceano para o outro.
A economia do país centro-americano se baseia no setor de serviços, que responde por mais de três quartos do Produto Interno Bruto (PIB). Por outro lado, 30% do território é composto por propriedades rurais, com destaque para a cultura da cana-de-açúcar, matéria prima de bebidas alcoólicas como o rum, que são os principais produtos do agronegócio panamenho exportado para o mundo.
Em 2016, o país comercializou no mercado internacional US$ 302 milhões em bebidas desse tipo, o que corresponde a 22% de todo o valor exportado. O Panamá também exporta açúcar bruto, tabaco, peixe fresco e congelado, crustáceos, frutas tropicais e café.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de 40% do território é coberto por florestas tropicais e 31% da população vive em áreas rurais, sendo que 75% dos produtores rurais são considerados pequenos e médios, responsáveis direta ou indiretamente pelo abate de 65% dos animais e 54% do leite cru produzido no país.
No futebol
O Panamá é um país estreante na Copa do Mundo de Futebol. A façanha foi tão grande que o governo declarou feriado nacional no dia da classificação que, por consequência, deixou o gigante Estados Unidos de fora do torneio.
A classificação heróica veio no último jogo, com uma incrível combinação de resultados produzida pela derrota dos EUA para Trinidad e Tobago, uma vitória de Honduras sobre o México e concretizada com o segundo gol do Panamá sobre Costa Rica, em um jogo que terminou em 2 a 1. Na casa dos costa-riquenhos, o Panamá promoveu uma virada impressionante com o gol de Román Torres, que já é considerado o mais importante da história da seleção panamenha.
Apesar da felicidade do povo panamenho, o torneio deverá servir apenas de experiência para a equipe, que é apontada como uma das mais fracas da competição. No grupo G, ao lado de Bélgica, Inglaterra e Tunísia, o Panamá vai tentar beliscar alguns pontos como fez nas eliminatórias.
Nenhum jogador da seleção joga em equipes consagradas do futebol mundial. O principal nome do elenco, o meia Diaz, é o único que joga em um time médio da Europa: o espanhol La Coruña.