Em algumas famílias, a lida com o campo é tradição que vem de longe. Passando de pai para filho durante gerações, as atividades vão se aprimorando com o passar do tempo, como no caso da família do pecuarista Fábio Bittencourt, de 64 anos, criador de Tabapuã, no interior do Rio Grande do Sul, e que está na sua 27ª participação na Expointer.
Bittencourt começou a criar o rebanho da raça tabapuã em 1989 e, de lá pra cá, não deixou mais de investir. A paixão pela criação de gado, segundo ele, vem desde o tempo do avô do seu avô. “Meus pais trabalhavam com gado comum, mas eu e meu irmão resolvemos trabalhar com essa raça específica nas cidades de Manoel Viana e São Francisco de Assis”, disse.
Ao lado do avô na Expointer, brincando com os animais da família, o netinho Artur Pereira já mostra intimidade com a pecuária. Com apenas 8 anos, ele chama a atenção no evento, sentando-se em cima de touros enormes, sem nenhum tipo de receio. “Ele gosta muito de um touro que a gente trouxe aqui e ele está ali tentando montar no bicho desde quando chegamos”, disse o avô orgulhoso.
Notícias Relacionadas
A família ainda não sabe a carreira que Artur vai seguir, mas se depender do pai e do avô, o caminho da pecuária seria muito bem trilhado, já que o pai do menino é proprietário de um laboratório de genética e desenvolve a atividade na cidade mineira de Uberaba.
Entre a criação de gados do avô e o trabalho científico do pai, Artur ainda pode escolher uma terceira via, dentro da pecuária, claro. “Ele gosta muito de cavalos também. Com oito meses de vida ele já estava em cima de um cavalo , assim como o pai dele quando era pequeno”, disse o avô.
Perguntado pela nossa reportagem sobre o que queria fazer no futuro, Artur deu de ombros e revelou apenas que gosta muito de animais. O futuro dirá qual será a escolha do jovem, mas, ao que tudo indica, a tradição familiar continuará a ser passada para a próxima geração.
