Os contratos do café arábica negociado na Bolsa de Nova York registraram quedas de 1,3% nesta segunda-feira, dia 13. Com isso, o vencimento de julho fechou a 89,60 centavos de dólar por libra peso – os preços tinham retomado patamares acima dos 90 centavos de dólar na quinta-feira, dia 9 .
De acordo com a Safras & Mercado, o dia foi de maior aversão ao risco nos mercados, em meio à tensão comercial entre Estados Unidos e China, com notícias trazendo pessimismo quanto a um acordo entre os países. “O petróleo caiu e outros mercados seguiram e o café também foi ‘contaminado’ em Nova York. O dólar em alta contra o real pressionou também as cotações”, explica a consultoria.
Em relação à crise EUA-China, citando a imposição de tarifas de 25% sobre bens chineses no valor de US$ 200 bilhões, a China anunciou que vai impor tarifas de até 25% sobre US$ 60 bilhões de bens dos norte-americanos. Essa nova tarifa entrará em vigor em 1º de junho, disse o governo chinês disse em comunicado. “Tudo isso traz pessimismo em torno de um futuro acordo entre os dois países e contaminou as commodities nos mercados neste começo de semana”, dizem analistas.
De acordo com a Safras, os fundamentos seguem jogando contra os preços do café. O mercado vive um período de tranquila oferta para os consumidores, com disponibilidade do grão superior à demanda. “O período agora é de colheita da safra brasileira, que será uma muito boa safra, mesmo em um ano de bienalidade produtiva menor”, finaliza a consultoria.