Com nova queda do dólar, o mercado brasileiro de soja teve mais um dia travado e com preços entre estáveis e mais baixos, segundo a consultoria Safras. “O recuo só não foi maior porque Chicago e prêmios voltaram a subir”, diz.
Na maior parte das praças, as referências são apenas nominais. O produtor negociou bem recentemente e agora saíram do mercado. “Sem oferta, a comercialização se arrasta, com negócios ocasionais e de pequenos volumes por parte daqueles vendedores que optam por comprar insumos, aproveitando o dólar mais baixo”, pontua.
- Soja: China opta por comprar mais caro do Brasil em detrimento dos EUA
- ‘Mercado de soja dos EUA está mais aliviado com novas compras da China’
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 103. Na região das Missões, a cotação permaneceu em R$ 102,50. No porto de Rio Grande, o preço caiu de R$ 107 para R$ 105.
Em Cascavel (PR), o preço estabilizou em R$ 98,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca recuou de R$ 105,50 para R$ 105.
Em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 99 para R$ 97,50. Em Dourados (MS), a cotação baixou de R$ 93 para R$ 92. Em Rio Verde (GO), a saca ficou em R$ 97.
Contratos futuros
A soja fechou esta quarta-feira, 27, com preços mais altos na Bolsa de Chicago. De acordo com a consultoria Safras, apesar da queda do petróleo, que limitou a elevação, o cenário de menor aversão ao risco, sinais de demanda chinesa, queda do dólar e plantio mais lento nos Estados Unidos sustentaram os contratos.
“A expectativa de reabertura gradual da economia global traz otimismo ao mercado financeiro. As commodities agrícolas acompanham essa recuperação. A queda do dólar frente a outras moedas dá competitividade ao produto americano e cresce a expectativa de aumento da procura chinesa”, explica a consultoria.
Na terça-feira, 26, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que o ritmo do plantio está abaixo da expectativa do mercado, fator que ajudou na alta. Até 24 de maio, a área plantada estava apontada em 65%. O mercado apostava em 69%. Na semana passada, os trabalhos cobriam 53% da área. Em igual período do ano passado, a semeadura era de 26%. A média é de 55%.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 1,50 centavo ou 0,17% em relação ao dia anterior, a US$ 8,48 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 8,50 por bushel, com ganho de 1,50 centavo ou 0,17%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 1,90 ou 0,66% a US$ 282,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 27,60 centavos de dólar, alta de 0,33 centavo ou 1,21% na comparação com o fechamento anterior.