A junção de preço do petróleo em queda e produção do etanol reduzindo nos EUA vem puxando as cotações do milho na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) em mínimas históricas. No fechamento desta quarta-feira, 15, o contrato futuro para maio de 2020 atingiu US$ 3,19 por bushel. O cereal norte-americano não atingia este patamar para um contrato corrente desde o dia 03 de outubro de 2006, há mais de 13 anos atrás, quando o milho foi cotado à US$ 3,15 por bushel.
Segundo a consultoria Agrifatto, ainda que o mercado brasileiro tenha sua própria dinâmica de negócios, a desvalorização do grão nos Estados Unidos já está refletindo no solo brasileiro e deve continuar a impactar nas cotações por aqui.
Na B3, a cotação do cereal fechou cotada à R$ 43,90 por saca, desvalorizando 0,48%. Ainda que a intensidade dos impactos do novo coronavírus sobre o milho brasileiro não seja igual ao norte-americano, a pandemia já começou a alastrar seu impacto por aqui.
De acordo com o indicador de preços do milho em Campinas (SP), medido pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço do grão caiu para R$ 52,20, queda de 2,96% na comparação diária. No acumulado de abril, o cereal já registra baixa de 13,2%.